Simone Biles e outras ginastas pedem 1 bilhão de dólares ao FBI por não evitar novos casos de abuso

É de conhecimento público que a polícia federal dos EUA ignorou as denúncias feitas pelas atletas em 2015

  • Por Jovem Pan
  • 08/06/2022 13h47
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Reprodução/ Instagram Simone Biles olhando para baixo em roupa de ginástica Simone Biles é uma das principais ginastas de todos os tempos

A estrela Simone Biles e outras ginastas estadunidenses estão pedindo indenização de 1 bilhão de dólares (R$ 4,89 bilhões) ao FBI como compensação pela entidade não ter evitado novos casos de abuso sexual após as denúncias das atletas. Ao todo, mais de 300 ginastas acusam Larry Nassar, médico que atendia às esportistas ligadas à federação de ginástica dos EUA, de crimes sexuais. “Chegou a hora do FBI ser responsabilizado”, afirmou a ex-ginasta Maggie Nichols, campeã nacional no período entre 2017 e 2019. “Se o FBI tivesse simplesmente feito o seu trabalho, Nassar teria parado antes de abusar de centenas de garotas, incluindo eu mesma”, disse a também ex-atleta Samantha Roy.

A informação foi revelada pelos advogados das ginastas, que estão acionando o FBI na Justiça. É de conhecimento público que a polícia federal dos EUA tinha conhecimento, em 2015, das denúncias das atletas. Ainda assim, nada foi feito, permitindo a Nassar seguir livre para continuar cometendo abusos contra elas por mais de um ano. Ele admitiu sua culpa no tribunal em 2017 e foi condenado a prisão. A soma das condenações já supera 360 anos de reclusão. De acordo com a lei federal americana, uma agência ligada ao governo tem prazo de seis meses para responder às denúncias feitas nesta quarta-feira – o FBI não se manifestou sobre o pedido de indenização das ginastas.

No total, cerca de 90 ginastas e ex-atletas fazem parte deste pedido de indenização, incluindo Simone Biles, dona de seguidos títulos mundiais e olímpicos em sua carreira. Integram o grupo ainda Aly Raisman e McKayla Maroney, também campeãs olímpicas, de acordo com o escritório de advocacia “Manly, Stewart & Finaldi”, da Califórnia. A Michigan State University, sede dos treinos da seleção americana de ginástica, também foi acusada de não investigar Lassar após seguidas denúncias. E já concordou em pagar indenização de 500 milhões de dólares (cerca de R$ 2,4 bilhões) para as mais de 300 garotas e mulheres que foram alvo dos abusos sexuais. A federação de ginástica e o Comitê Olímpico dos EUA já fizeram um acordo no valor de US$ 380 milhões (R$ 1,8 bilhão).

*Com informações do Estadão Conteúdo

 

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