Simone Biles estará em Tóquio 2021: ‘Posso ser melhor que no Rio’

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2020 16h30 - Atualizado em 18/04/2020 18h10
FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO Simone Biles Nos Jogos Olímpicos, em 2016, a norte-americana conquistou quatro ouros e um bronze

A ginasta Simone Biles, um dos maiores nomes da modalidade em todo o mundo, garantiu que vai disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Aos 23 anos, ela tinha o plano de se aposentar logo após a Olimpíada deste ano, mas o adiamento da competição a fez rever a programação.

Agora, que o desafio é entender a sua carreira por mais um ano de duros treinamentos, ela fala em ter um desempenho melhor do que os Jogos do Rio-2016.

“É muito (preparação) física e mental. Eu duvidei da minha capacidade de me manter no topo do meu jogo por mais um ano. Minha motivação agora é provar para mim mesma que posso treinar mais um ano, posso fazer isso de novo e posso ser melhor do que no Rio”, disse, em entrevista ao canal de tv BBC.

Em sua primeira participação nos Jogos Olímpicos, em 2016, a norte-americana conquistou quatro ouros e um bronze. Maior campeã mundial da história, ela pode se tornar a maior campeã olímpica da história da modalidade. Para superar a soviética Larissa Latynina, que possui nove ouros, cinco pratas e quatro bronzes, ela precisa vencer todas as suas seis provas em Tóquio.

O que a ginasta sabe é que não terá uma terceira Olimpíada no currículo. Não passa pela sua cabeça estar em Paris, na França, em 2024. “Meu corpo já está meio que se quebrando neste momento. Mais um ano de ginástica é muito para o meu corpo. Meus treinadores vão me deixar pronta, mas se minha cabeça não estiver no lugar, posso me machucar. Fazemos muitas acrobacias difíceis e você se realmente vai quebrar algo se não estiver 100% focado. Fisicamente, estou melhor do que no Rio, mas mentalmente precisarei estar no topo do meu jogo. Vai ser o mais difícil”, afirmou.

Simone concordou com o adiamento dos Jogos de Tóquio para 2021, apesar de ter sido um duro golpe para o esporte.

“Em três meses eu estaria pronta para me aposentar. Tinha minha cabeça feita há quatro anos, então como é que um dia lhe dizem: ‘Ei, desculpa. Mais um ano?’ Ter de repensar isso foi esmagador. É difícil, mas acredito que sou forte física e mentalmente, então vou superar isso como todo mundo. Mas senti que eu não cheguei tão longe para desistir e quero ser eu a tomar a decisão de parar com o esporte”, concluiu.

* Com Estadão Conteúdo

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