Thomas Bach critica CAS após decisão sobre russos: “Extremamente decepcionante”
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, foi duro nas críticas à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) pela decisão que retirou a suspensão de 28 atletas russos flagrados em exames antidoping. O dirigente classificou o episódio como “extremamente decepcionante”.
“No COI, nós nunca poderíamos ter esperado isso”, declarou Bach neste domingo em Pyeongchang, na Coreia do Sul, onde a Olimpíada de Inverno terá início na próxima sexta-feira. “Nós sentimos que esta decisão mostra a necessidade urgente de reformas na estrutura interna da CAS.”
Na última quinta-feira, a CAS decidiu cancelar a suspensão de 28 atletas russos por considerar que não havia provas suficientes contra eles. “Nestes casos, foi determinado que a evidência recolhida era insuficiente para estabelecer que os atletas envolvidos cometeram uma violação de doping”, explicou.
A corte também concluiu que devem ser devolvidas sete medalhas olímpicas da Rússia, obtidas nos Jogos de Inverno de Sochi em 2014, incluindo o ouro no skeleton masculino e no esqui cross-country masculino, na categoria de 50 quilômetros. Outros onze atletas foram declarados culpados por doping, mas viram seus banimentos por toda a vida reduzidos a sanções temporárias que só afetam a próxima Olimpíada.
Inicialmente, a posição oficial do COI foi bem mais amena. Em nota oficial, a entidade, disse que tomou nota da decisão da CAS “com satisfação por uma lado e desapontamento por outro”. Mas a declaração de Thomas Bach deve render novos capítulos nos próximos dias.
O presidente informou ainda que uma comissão independente, liderada pela ex-ministra do Esporte da França, Valérie Fourneyron, vai revisar os casos e fazer uma recomendação sobre a situação destes atletas russos. Bach disse que uma decisão final deverá ser tomada “nos próximos dois dias”.
O COI convidou 169 atletas russos a competirem em Pyeongchang como “Atletas Olímpicos da Rússia”, mas sob uma bandeira neutra, sem representar oficialmente o país. O porta-voz da entidade, Mark Adams, no entanto, disse que o comitê tem o direito de rever e apelar contra a decisão da CAS.
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