Pedro Proença defende modelo equitativo para Campeonato Português

Lisboa, 30 jul (EFE).- O ex-árbitro Pedro Proença tomou posse nesta quinta-feira como presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), responsável pelas duas primeiras divisões do país, e afirmou que pretende implementar um modelo equitativo na distribuição de receita.

Da sede da LPFP, no Porto, Proença fez o primeiro discurso como líder do organismo, após desbancar o então presidente Luís Duque, derrotado por ele nas eleições da segunda-feira com quase 60% dos votos.

Para os quatro anos que tem de mandato, o ex-árbitro defende fomentar um modelo de negócio justo que permita aos 37 clubes profissionais (18 de primeira e 19 de segunda divisão) competir em condições mais equitativas.

“É preciso definir um modelo justo, transparente e equitativo de distribuição de receitas inspirado nas melhoras práticas já iniciadas em alguns dos grandes campeonatos europeus”, disse Proença.

Atualmente, o valor que os clubes recebem pelos direitos de transmissão são negociados de forma separada, e por isso os três grandes – Benfica, Porto e Sporting – partem com vantagem.

Proença ainda lamentou a perda de credibilidade do futebol lusitano e alertou que serão necessários esforços para que o Campeonato Português saia de um estado que chamou de “insolvência financeira”.

Na carreira no futebol, foi árbitro de renome internacional e dirigiu 27 partidas da Liga dos Campeões durante oito anos, de 2007 a 2015, assim como 14 na Liga Europa.

Além disso, apitou três jogos da Copa do Mundo de 2014, um deles o polêmico duelo entre Holanda e México, pelas oitavas de final, quatro na Eurocopa de 2012, que incluindo a final entre Espanha e Itália, e dois na Copa das Confederações de 2013.

À parte da arbitragem, Pedro Proença, de 44 anos, se dedicou nas últimas décadas a administrar empresas declaradas em insolvência. EFE