“Queria jogar futebol”, relembra brasileiro de 16 anos que assinou com time da MLB

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2017 15h42

Christian Pedrol (centro) assinou contrato de sete anos com o Seattle Mariners Facebook/Reprodução Christian Pedrol (centro) assinou contrato de sete anos com o Seattle Mariners

Christian Pedrol não teve uma infância muito diferente da de nove entre dez brasileiros que cresceram praticando esportes. Era futebol para cá, futebol para lá, chute para cá, drible para lá… Hoje com 16 anos, no entanto, o jovem prodígio de Atibaia só quer saber de jogar bola com as mãos. Arremessador profissional de beisebol, Pedrol está prestes a escalar a América para atuar na maior liga do mundo, a americana Major League Baseball (MLB). 

Recém-contratado pelo Seattle Mariners, do noroeste dos Estados Unidos, Christian vai embarcar no próximo domingo à República Dominicana, onde irá defender times das ligas menores da MLB. A intenção é se adaptar, ganhar ritmo e evoluir até, quem sabe, chegar à elite do beisebol mundial – o vínculo assinado com os Mariners foi longo, de sete anos.

Extasiado pela maior chance da vida, Pedrol concedeu entrevista exclusiva a Fredy Junior, para a Rádio Jovem Pan, e falou sobre as expectativas que cercam a viagem. O jovem revelou que sequer conhecia beisebol quando começou a praticá-lo, e admitiu que, na infância, desejava ser jogador de futebol  a entrevista vai ao ar, na íntegra, no próximo Domingo Esporte.

Quando eu comecei a jogar, não sabia nada sobre beisebol. Nunca tinha visto um jogo, não sabia como jogava, nada. Foi um amigo do meu irmão que apresentou o beisebol a ele… Ele começou a jogar, e minha mãe me convenceu a jogar, também. No início, eu não era muito a fim, queria jogar futebol, como quase todos os brasileiros. Mas fui gostando cada vez mais do beisebol. Até que comecei a treinar sério aos 14 anos e me apaixonei”, relembrou.

Pedrol passou a treinar na Academia da MLB no Brasil, em Ibiúna, há pouco tempo. E a recompensa veio cedo, logo aos 16 anos. “Um scout da MLB veio ver o Campeonato Brasileiro do ano passado e gostou de mim. Ele disse que voltaria em abril para me ver de novo. Fiquei em dúvida se ele voltaria ou não, porque, para mim, tinha sido uma grande surpresa. Mas ele veio, me aprovou e logo me ofereceu um contrato“, revelou. 

Agora, Pedrol será o oitavo brasileiro a defender um time ligado aos Mariners na história. Pedro Okuda, Felipe Burin, Felipe Talos e Jean Tomé, que não atuam mais como profissionais, passaram por Seattle, assim como Daniel Missaki, atualmente no Milwaukee Brewers, Luiz Gohara, do Atlanta Bravese Thyago Vieira, que está na lista dos 40 jogadores inscritos pelo time para a temporada. 

E o jovem de Atibaia é arremessador – jogador mais importante de um time de beisebol. “Quando eu comecei a jogar, era outfielder. Virei arremessador depois de começar a treinar em Ibiúna“, recordou-se, ciente da responsabilidade que terá na MLB. “O arremessador manda no jogo. Se ele não arremessa a bola, não tem jogo. Junta tudo… Concentração, força, coordenação, tudo! Tem de ter uma ótima cabeça, porque se o arremessador se abala, todo o time se abala junto”. 

No momento, o Brasil conta com apenas um jogador na principal liga dos Estados Unidos. Trata-se de Yan Gomes, catcher do Cleveland Indians. Paulo Orlando, que, em 2015, tornou-se o primeiro brasileiro campeão da MLBcomeçou a temporada no Kansas City Royals, mas perdeu espaço e está no Omaha Storm Chasers, da Triple-A. André Rienzo, por sua vez, tem vínculo com o San Diego Padres, mas joga no El Paso Chihuahuas, também da Triple-A.

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