Rússia acusa EUA de aplicação extraterritorial da lei no caso Fifa

  • Por Agência EFE
  • 27/05/2015 16h21
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Reprodução/Twitter Aleksandr Lukashevich considerou a aplicação da lei americana ilegal no caso da Fifa

A Rússia acusou os Estados Unidos nesta quarta-feira de aplicação extraterritorial de sua legislação nacional no caso da detenção na Suíça de vários dirigentes da Fifa acusados de corrupção, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.

“Advertimos sobre a existência de um novo caso de aplicação ilegal e extraterritorial da legislação americana”, disse Aleksandr Lukashevich, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, em comunicado.

O diplomata destacou que a Justiça americana acusa “um grupo de pessoas, que representam diferentes Estados” de “meia centena de casos de maquinações financeiras”.

“Esperamos que isto, em nenhum caso, seja utilizado para jogar sombras sobre a organização do futebol internacional, em geral, e suas decisões, em particular”, declarou Lukashevich, em clara alusão ao fato de a Rússia ter sido escolhida para sediar a Copa do Mundo de 2018.

A Rússia acusou os EUA em várias ocasiões de uso extraterritorial de sua legislação para extraditar cidadãos de outros países, como foi o caso do traficante de armas russo Viktor But, conhecido como “mercador da morte”.

O Departamento de Justiça dos EUA divulgou hoje um comunicado no qual anuncia que foram apresentadas 47 acusações contra 14 pessoas por “organização mafiosa, fraude maciça e lavagem de dinheiro, entre outros”.

A procuradoria de Nova York abriu uma investigação pelo suposto pagamento de subornos no valor de mais de US$ 100 milhões a dirigentes da Fifa em troca de que determinadas empresas recebessem os direitos de transmissão, publicidade e promoção de torneios futebolísticos nos EUA, na América Latina e no Caribe.

Além disso, as autoridades suíças iniciaram um processo por suspeitas de gestão desleal e lavagem de dinheiro em relação com a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 na Rússia e 2022 no Catar.

A esse respeito, o comitê organizador do Mundial da Rússia 2018 se mostrou hoje disposto a colaborar com a investigação dos processos de eleição da Fifa, mas defendeu a lisura de sua candidatura.

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