O Comitê Olímpico Russo (COR) solicitou nesta sexta-feira a inclusão de outros dez atletas nos Jogos do Rio de Janeiro, alegando que eles não podem ser punidos duas vezes pela mesma violação das regras antidoping.
A Rússia se baseia na decisão divulgada há poucas horas pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), que reprovou a determinação do COI de excluir atletas só por terem sido flagrados no passado.
“Nossas federações devem se apressar, já que a equipe olímpica deve ser ampliada”, disse o ministro de Esportes da Rússia, Vitaly Mutko, citando a proximidade da cerimônia de abertura dos Jogos do Rio de Janeiro na noite desta sexta-feira, no Maracanã.
Mutko destacou que a CAS aceitou “parcialmente” o recurso apresentado pela campeã mundial e medalha de bronze em Londres 2012, a nadadora Yulia Efimova, que já cumpriu mais de um ano de suspensão devido ao consumo de anabolizantes.
Além de Efimova, o COR espera que outros três nadadores sejam autorizados a disputar os Jogos do Rio: Mikhail Dovgaliuk, Natalia Lovtsova e Anastasia Krapivina. Além disso, o comitê pediu que o lutador Víctor Lebedev, os remadores Ivan Podshivalov e Anastasia Karabelshikova, e os ciclistas Ilnur Zakarin, Olga Zabelinskaya e Sergei Shilov participem das competições olímpicas.
O COI deu sinal verde ontem a uma equipe olímpica russa integrada por 271 atletas, quando a lista original proposta pelo COR era de 387. Além dos 67 afastados pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla inglês), que baniu a Rússia da competição, outros quase 50 atletas foram incluídos, mais da metade deles integrantes da equipe de remo e halterofilismo, além de seis canoístas.
Segundo a imprensa russa, apesar de claramente afetada, a atual equipe do país deve conquistar 70 medalhas, nove a menos do que em Londres, mas apenas 15 outros, o que poderia ser insuficiente para ficar com o terceiro lugar no quadro de medalhas.