Jovem Pan
Publicidade

Sem Fifa, Zico pede limpeza geral e critica CBF: “não mexeu nada para me ajudar”

Zico disse que a Seleção Brasileira perdeu dois anos tendo Dunga, e não Tite, como técnico depois da Copa de 2014

renúncia de Joseph Blatter abriu espaço para que Zico ansiasse a presidência da Fifa. Tudo, porém, não passou de um sonho bem distante. O ex-jogador do Flamengo chegou a lançar campanha no segundo semestre do ano passado, mas, semanas depois, teve de retirar a candidatura ao comando da entidade. O motivo? Não havia conseguido indicações de cinco federações nacionais – condição para que qualquer dirigente participe da eleição. Nem mesmo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu o suporte que Zico imaginava, de acordo com o próprio. 

Publicidade
Publicidade

Em entrevista a Nilson César, da Rádio Jovem Pan, o ídolo brasileiro revelou que foi à CBF no meio do ano passado para conversar com o então presidente Marco Polo Del Nero. Zico disse que, na ocasião, recebeu a promessa de que teria o apoio da entidade. A confederação teria se comprometido a enviar uma carta de indicação à Fifa caso o ex-jogador angariasse outras quatro. No fim, contudo, o ex-meia só conseguiu entregar duas cartas – de São Tome e Príncipe e Angola. Apesar da promessa, então, a CBF não fez a indicação de Zico. 

Há alguns meses, eu fui à CBF para tentar um apoio no processo de candidatura à presidência FIfa, e nem isso foi possível. Ela simplesmente achou que poderia dar uma carta lá, mas não mexeu nada para me ajudar, para ajudar um brasileiro a chegar à Fifa“, criticou o Galinho, no papo exclusivo com o locutor da Jovem Pan. 

DecepcionadoZico descartou qualquer chance de, hoje, tentar assumir a presidência da entidade nacional. “Com os moldes atuais da CBF, é praticamente impossível que qualquer um se candidate“, afirmou. “O colégio eleitoral acaba não dando oportunidades para ninguém além daqueles que já estão no meio. Se o Del Nero conseguir se safar de todas essas investigações, então, a possibilidade de ele ficar mais uns oito anos no comando é muito grande”, acrescentou.

Atualmente, de acordo com o regulamento da CBF, para que alguém se inscreva e lance candidatura à presidência da entidade, é necessário ter o apoio de cinco federações estaduais e oito clubes brasileiros. Zico até acredita ser possível conseguir o suporte das equipes, por causa do desgaste de algumas delas com a confederação, mas nada além disso. E, ele garante, não se trata de um pessimismo sem fundamento. 

Não é questão de só pensar que não dá para chegar à presidência da CBF. O problema é a realidade, mesmo”, contou Zico. “Esse sistema atual impede que você consiga até se candidatar. Querer, muita gente quer. O problema é a realidade. A situação só vai mudar quando houver uma limpeza geral em tudo. Novas eleições, alteração na forma de se candidatar… Aí, com certeza, muita gente de bem tentaria uma eleição“, encerrou.

Publicidade
Publicidade