Sem Neymar, seleção brasileira de Dunga mira a Copa América Centenário
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AtualmenteNeymar, Messi e Luizito Suárez tentam ajudar neste domingo o Barcelona a conquistar a Copa do Rei espanhola. Depois, o argentino e o uruguaio defenderão as suas seleções na Copa América Centenário. O brasileiro não. Vai descansar para recuperar as baterias após temporada desgastante dentro e fora do campo. Seleção para Neymar, agora, só na Olimpíada do Rio, em agosto.
Como se sabe, o técnico Dunga queria contar com Neymar na competição em que o Brasil estreia no dia 4 de junho contra o Equador – o grupo começa a se apresentar neste domingo, em Los Angeles, para dar início à preparação. O Barcelona, porém, disse não.
A negativa encerrou uma negociação em que o treinador e o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, chegaram a apresentar uma programação pela qual o craque jogaria tanto o torneio dos Estados Unidos como a Olimpíada e ainda teria um bom período de férias. O técnico do Barcelona, Luis Henrique, foi contra e sua palavra prevaleceu.
Neymar tentou convencer comissão técnica e dirigentes do Barcelona a liberá-lo. Mas, ao encontrar resistência, teria, de acordo com pessoa que acompanha o dia a dia do clube catalão, “perdido o entusiasmo” e aceitado sem muita contestação a recomendação para que escolhesse uma das duas competições.
A CBF, por sua vez, não foi tão incisiva até por pensar no futuro. Os clubes são obrigados a ceder jogadores para a Copa América Centenário, mas não para a Olimpíada e o Barcelonaa poderia retaliar. Além disso, o relacionamento com os catalães tem sido bom. Em março, Rafinha Alcântara foi cedido à seleção olímpica mesmo em processo final de recuperação de grave lesão.
Neymar sempre teve a Olimpíada como objetivo principal. Sonha com o ouro inédito para o futebol brasileiro. No entanto, publicamente disse por diversas vezes que queria disputar as duas competições. Em contato com o jornal O Estado de S.Paulo, o pai do atacante, Neymar da Silva Santos, admitiu que a posição do técnico do Barcelona pesou. “Por ele (Neymar), jogaria os dois torneios e mais algumas peladas por aí”, disse. “Mas ouvimos o Luis Henrique, que como técnico está certíssimo e tem de fazer valer sua opinião, de que ele precisa de mais férias. Tivemos de fazer uma escolha”.
Neymar pai afirmou que se fosse agir como empresário e focar apenas o lado comercial, iria querer que o filho disputasse o torneio nos Estados Unidos, “onde o mercado é ávido para vê-lo em ação, com tantas oportunidades de negócios”. Ele negou que tenha faltado empenho a Neymar para obter a liberação. “Como se mede esse ‘esforço’ pra conseguir e liberação?”, questionou.
A CBF assegura que trabalho para que Neymar jogasse a Copa América Centenário não faltou. “O coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, afirma que todos os esforços foram feitos por parte da CBF e tem a certeza de que o atleta não mediu esforços para tentar disputar a competição”, afirmou, por meio de nota.
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