Família Grael soma 9 medalhas olímpicas na vela; relembre conquistas

Número aumentou depois que Martine Grael conquistou seu segundo ouro ao lado de Kahena Kunze na classe 49er FX feminina

  • Por Jovem Pan
  • 03/08/2021 16h00
Danilo Borges/brasil2016.gov.br martine grael e kahena kunze lado a lado em pódio olímpico Dupla formada por Martine Grael e Kahena Kunze garantiu a 19ª medalha do Brasil na vela

Normalmente, o Brasil é associado a esportes como futebol, judô e vôlei, modalidades que renderam ao país diversos títulos e medalhas ao longo dos anos. Entretanto, o esporte que mais garantiu medalhas de ouro para o Brasil em Jogos Olímpicos é a vela. Ao todo, o país já conquistou oito medalhas de ouro na modalidade, além das três medalhas de prata e dos oito bronzes. As últimas conquistas vieram nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, durante a madrugada desta terça-feira, 3, com o ouro da dupla formada por Kahena Kunze e Martine Grael na categoria 49er FX feminina. A conquista fez com que a vela voltasse a ser o segundo esporte que mais rendeu medalhas para o Brasil (19 no total) e com que a família Grael, formada por Martine, Torben e Lars, atingisse a marca de nove medalhas olímpicas, sendo que a primeira foi uma prata conquistada nos Jogos de Los Angeles, em 1984.

Depois da prata, Torben e seu irmão Lars garantiram um bronze cada nos Jogos de Seul 1988 com suas respectivas duplas, Nelson Falcão e Clinio Freitas. Depois de passar em branco nas Olimpíadas de 1992, a vela voltou com força máxima em 1996, com Torben levando o ouro na Classe Star ao lado de Marcelo Ferreira, enquanto Lars, ao lado de Kiko Pelicano, levou o bronze na Classe Tornado. Em Sidney 2000, Torben voltou a subir ao pódio com um bronze, também conquistado ao lado de Ferreira. Na edição seguinte, em Atenas 2004, Torben e Ferreira conquistaram novamente o ouro olímpico. Depois disso, o Brasil ficou sem uma medalha da família Grael até os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, quando Martine, que é filha de Torben e sobrinha de Lars, conquistou sua primeira medalha ao lado de Kahena. Em Tóquio, o feito se repetiu e a família de velejadores atingiu a marca de nove conquistas olímpicas. Vale mencionar que Marco Grael, irmão de Martine, também disputa o esporte e chegou a participar da atual edição dos Jogos Olímpicos. Ele ainda pode ampliar essa marca da família em futuras edições.

Além das nove medalhas envolvendo a família Grael, o Brasil conquistou outras dez medalhas na vela, sendo que cinco delas vieram com o paulistano Robert Scheidt. O velejador conquistou dois ouros – Atlanta 1996 e Atenas 2004 -, duas pratas – Sidney 2000 e Pequim 2008 -, e um bronze – Londres 2012. Muito antes de Torben e Scheidt surgirem na modalidade, o Brasil já havia conquistado um bronze nos Jogos da Cidade do México 1968, com Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes. Em Montreal 1976, Conrad voltou ao terceiro lugar do pódio ao lado de Peter Ficker. Os primeiros dois ouros vieram nos Jogos de Moscou 1980, com Marcos Soares e Eduardo Penido, na Classe 470, e Alexandre Welter e Lars Björkström, na Classe Tornado. Em 2008, Fernanda Oliveira e Isabela Swan também foram ao pódio e conquistaram o bronze na Classe 470. Esses resultados fazem com que o Brasil seja o 11º país com mais medalhas na vela na história dos Jogos Olímpicos, sendo a nação sul-americana com a melhor colocação.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.