Victor falha e, apático, Galo estreia com derrota na Libertadores

  • Por Agencia EFE
  • 19/02/2015 00h50

Santiago (Chile), 18 fev (EFE).- A garra e a segurança do goleiro Victor, ingredientes principais da campanha vitoriosa do Atlético-MG na Taça Libertadores de 2013, estiveram ausentes no Estádio Monumental de Santiago nesta quarta-feira, e o Galo estreou na edição de 2015 do torneio com uma derrota para o Colo-Colo por 2 a 0.

A partida diante da equipe chilena, campeã continental em 1991, mas ausente da competição havia cinco anos, foi equilibrada no primeiro tempo. No entanto, em uma falha de Victor, Flores fez 1 a 0 pouco antes do intervalo. Na etapa final, o time mineiro não teve força nem talento para reagir e ainda levou o segundo, marcado por Paredes.

Dessa forma, o Atlético saiu atrás no grupo 2, que na terça-feira teve a vitória do Indepediente Santa Fé sobre o Atlas por 1 a 0 no México. E é justamente contra a equipe de Guadalajara que o Galo buscará a reabilitação, daqui a uma semana, na Arena Independência.

O time de Levir Culpi foi a Santiago com cinco baixas, a mais recente delas a do atacante Carlos, que recebeu uma pancada no tornozelo direito durante treino realizado na Cidade do Galo no último domingo. Além dele, foram vetados os laterais Marcos Rocha e Douglas Santos, o meia Guilherme e o também atacante Lucas Pratto, principal reforço para a temporada.

Pelo Colo-Colo, foram a campo algumas figuras conhecidas, como Gonzalo Fierro, ex-Flamengo, Jean Beausejour e Humberto Suazo. O técnico, o ex-atacante Héctor Tapia, é lembrado inclusive pela torcida mineira, já que defendeu o Cruzeiro em 2004.

O jogo foi lá e cá desde o começo, e as chances de gol não foram escassas. Logo aos sete minutos do primeiro tempo, Fierro levou da direita para o meio e arriscou de pé esquerdo, que não é o bom. A tentativa foi fraca, e Victor segurou.

Fiel a seu estilo ofensivo, o Galo não ficou apenas na defesa e respondeu aos 12 minutos. Luan levou sozinho pela direita e arramatou cruzado, tirando tinta da trave.

Com o equilíbrio do duelo, qualquer erro poderia ser fatal. Aos 16, a zaga atleticana cochilou e Delgado ia saindo na cara do gol, mas, atento, Victor saiu da área para afastar com um chutão. Três minutos depois, em confusão na área do time da casa, Patric buscou Jô, que voltou a ser titular com a lesão de Pratto, mas o centroavante foi travado.

As jogadas pelas pontas eram o “caminho das pedras” do Galo, que ganhou escanteio aos 28. Dátolo fez o cruzamento, a defesa afastou mal e a sobra ficou limpa para Patric, que encheu o pé, mas encobriu a meta.

Pouco depois, aos 32, a arbitragem não marcou pênalti para o Colo-Colo em lance polêmico. Beausejour levantou da esquerda e a bola resvalou no cotovelo de Leonardo Silva. O árbitro considerou que o jogador estava fora de campo e por isso marcou tiro de meta.

Nessa, o Atlético se salvou, mas aos 39 minutos não houve quem corrigisse uma falha grave de Victor. Flores experimentou de muito longe, a bola quicou e passou do lado do herói do título de 2013 e entrou, num frango clássico.

O placar no intervalo poderia ser ainda pior para o time mineiro, que escapou de levar o segundo aos 43. Paredes foi acionado dentro da área e chutou tirando de Victor. O goleiro não alcançou, mas foi salvo pelo travessão.

O panorama não mudou muito depois do intervalo. Mesmo em vantagem, os donos da casa não abriram mão de atacar, mas a primeira boa chance da segunda etapa foi do Galo. Luan fez grande jogada individual pela direita e poderia ter finalizado, mas preferiu tentar o passe para Jô e facilitou o corte de Fierro, aos seis minutos.

Os times erravam muitos passes, e a solução momentânea encontrada pelo time chileno foi tentar de fora. Aos 16, Paredes soltou a bomba, mas errou o alvo por muito. Também de longe, Beuasejour buscou Suazo no lançamento, mas a defesa afastou.

A essa altura, o Colo-Colo já mandava na partida, e o gol, que parecia questão de tempo, saiu aos 21 minutos. Beausejour teve espaço pela esquerda mais uma vez e encontrou Paredes livre. Na pequena área, o centroavante cabeceou tirando de Victor.

Abalado com o segundo gol, o Atlético não teve reação e quase levou o terceiro instantes depois. Delgado se livrou da marcação e já ia chutando, mas Luan apareceu para travar.

Sem criatividade e com pouca garra, o campeão de 2013 só teve mais um bom ataque no restante da partida, aos 30 minutos. Maicosuel limpou pela esquerda e serviu Dodô. O meia atacante, que entrara um pouco antes, mandou por cima.

A partir daí, o Colo-Colo dominou completamente e ainda deu mais um susto no adversário. Aos 41, Baeza ajeitou “com açúcar e afeto” para a chegada de Valdes, em jogada de atletas que começaram no banco. O meia encheu o pé e Victor, agora sim seguro como de costume, espalmou e evitou o terceiro.

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Colo-Colo: Villar; Fierro, Vilches, Barroso (Cáceres) e Beausejour; Pavez, Valdés e Flores (Baeza); Suazo, Delgado (Rodríguez) e Paredes. Técnico: Héctor Tapia.

Atlético-MG: Víctor; Patric, Leonardo Silva, Jamerson e Pedro Botelho; Leandro Donizete, Rafael Carioca (Dodô), Luan e Dátolo; Maicossuel e Jô (Cesinha). Técnico: Levir Culpi.

Árbitro: Mauro Vigliano (Argentina), auxiliado pelos compatriotas Juan Belatti e Ezequeil Brailovsky.

Cartões amarelos: Leonardo Silva, Rafael Carioca e Jemerson (Atlético-MG).

Gols: Flores e Paredes (Colo-Colo).

Estádio: Monumental de Santiago, em Santiago (Chile). EFE

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