Eleição no Brasil marca luta da liberdade versus autoritarismo corrupto

‘Primavera Brasileira’ se prepara para o maior teste popular, definindo se a maioria do eleitorado tem capacidade de superar o nazicomunofascismo e suas variantes criminosas do Mecanismo

  • Por Jorge Serrão
  • 26/09/2022 13h00 - Atualizado em 26/09/2022 13h16
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Kevin David/A7 Press/Estadão Conteúdo - 25/09/2022 Urna eletrônica é exibida em sala da Justiça Eleitoral Primeiro turno das eleições ocorrerá neste domingo, 2

Muito cuidado com análises no pior estilo de ejaculação precoce supostamente intelectual, sempre com viés ideológico (principalmente, e não por coincidência, autoproclamado de “esquerda” ou “progressista”). Muitos “analistas” — repetidos e repercutidos por jornalistas — proclamam que a vitória eleitoral de Giorgia Meloni na Itália representa “um triunfo da extrema-direita”. O preconceito é cometido porque a candidata usou, em sua campanha, o lema “Deus-Pátria-e-Família”, originalmente atribuído ao fascismo de Benito Mussolini (1883-1945), que governou os italianos, ditatorialmente, entre 1922 e 1943. Meloni explicou exatamente qual é sua postura política, em apenas dois minutos de recado após a vitória, respondendo a uma pergunta: “Por que a família é um inimigo? Por que a família é tão assustadora? Há uma única resposta. Porque a família é o que nos define. É nossa identidade. Porque tudo que nos define neste tempo é inimigo para aqueles que não gostaríamos que tivéssemos identidade e fôssemos somente perfeitos escravos e consumistas. Então, a identidade nacional está sob ataque. A identidade religiosa está sob ataque. Estão sob ataque as identidades de gênero e familiar. Eu não posso me definir italiana, cristã, mulher, mãe! Devo ser cidadã x, sexo x, genitor 1, genitora 2. Tenho de ser um número. Quando sou apenas um número, sem identidade, sem raízes, sou o escravo perfeito, à mercê da grande especulação financeira e consumista. Esta é a razão pela qual estamos hoje com tanto medo. Não somos um número! Defendemos os valores da pessoa humana, de cada indivíduo, que tem um código genético único e irrepetível. Isto é sagrado! Goste ou não! Vamos defender Deus, Pátria e Família. Vamos fazê-lo para defender nossa liberdade”.

Pelo discurso, fica claro que Giorgia Meloni não é fascista (cuja pregação é considerada crime pelo Código Penal italiano). A política, que deve ser a próxima e primeira mulher primeira-ministra do país, é apenas uma conservadora que se opõe, sem meias-palavras, ao decadente esquerdismo (ou progressismo) europeu. O xingamento de “fascista” é comumente usado por quem não sabe usar outros elementos teóricos mais consistentes para criticar um adversário (ou inimigo) político. O mesmo acontece no Brasil, contra Jair Messias Bolsonaro. O brasileiro acrescenta o termo “Liberdade” à tríade “Deus-Pátria-Família” — o que elimina, completamente, qualquer indício fascistoide.

Aqui, publicamente desde 2013, assistimos a um fenômeno que pode ser batizado de “Primavera Brasileira”. Desde então, expressivos segmentos esclarecidos da sociedade têm saído organizada e ordeiramente às ruas, a partir de livres-manifestações nas redes sociais da internet, defendendo alguns temas bem evidentes: combate à corrupção; honestidade; respeito à religiosidade (Deus); exaltação do patriotismo; valorização da família. Tudo isso com a inclusão do princípio da Liberdade (sobretudo na política e na economia), para valorização dos direitos e deveres do indivíduo (em contraposição ao coletivismo). Os conceitos vêm acompanhados da importância da valorização prática da legalidade com legitimidade — em um momento de grave crise e desequilíbrio no relacionamento entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário (com a hegemonia deste último).

Esse é o enredo que embala e influencia, de maneira decisiva, a disruptiva eleição em 2022. O clima fica claramente polarizado entre os extremos bem definidos e facilmente compreendidos pela maioria da população: Direita x Esquerda; Honesto x “Ladrão” (Corrupto); Conservador x Progressista, e por aí vai… No meio dos conflitos, alguns fenômenos perigosos. Um deles é o “Ativismo Judicial” (também chamado de “Juristocracia”). Membros de tribunais superiores — principalmente do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (a Justiça Eleitoral) — têm tomado decisões que interferem na soberania do Executivo e do Legislativo. Em alguns casos afrontam até a Constituição — cuja má qualidade, emendada 122 vezes, serve de base para o intervencionismo togado. Nunca antes na história desse país o STF sofreu tanto desgaste público de imagem — o que é péssimo para o Estado de Direito e para a Democracia.

Ainda no meio dos conflitos, afloram outros defeitos perigosos do nosso modelo eleitoral. O primeiro deles é a falta de publicidade e segurança total do mecanismo de escolha. Por que a juristocracia jogou contra que as urnas eletrônicas tivessem a impressão do voto para conferência 100% na própria seção eleitoral, garantindo o princípio democrático e constitucional da materialidade do voto? O segundo defeito é a divulgação indiscriminada de “pesquisas” eleitorais — que têm o claro efeito de propaganda, induzindo a escolha do eleitorado. As pessoas nem sempre têm como se defender, facilmente, de movimentos inescrupulosos de desinformação. O terceiro problema (difícil de combater) é a corrupção no pleito: a fraude eleitoral através da compra de votos nas periferias. A necessidade econômica das pessoas se mistura com a falha moral do ser humano, ajudando a eleger bandidos. A Cleptocracia comemora e se consolida no Brasil…

Um outro defeito deveria entrar na pauta de discussão eleitoral. Acontece que boa parte dos cidadãos sequer percebe o problema. Trata-se da influência nazicomunofascista na estrutura estatal brasileira — também em combinação com o Crime — institucionalizando o caos, a roubalheira, a violência e o terror. Mesmo sem ser uma doutrina explícita, essa prática autoritária nazicomunofascista se entranha na estrutura estatal, na cultura e na mente das pessoas. Mais grave: muitas vezes a maioria não percebe que age conforme o ritmo do nazismo, do comunismo e do fascismo. Pior ainda: a prática autoritária tenta e quase sempre consegue se disfarçar através de uma narrativa que prega uma “democracia”. Ou seja, o totalitarismo é vendido, politicamente, como seu contrário. O jeito de identificar o déspota real é objetivo: ele defende e pratica, realmente, a Liberdade? Ou quer apenas enganar você? A resposta verdadeira fará você votar corretamente no dia 2 de outubro…

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