Aplicativo de transporte continuará a funcionar mesmo com decisão contrária do Senado
Mesmo que o Senado decida tome uma decisão contrária ao uso dos aplicativos de transporte, pelo menos uma empresa do setor não acatará a decisão e recorrerá na Justiça para se manter funcionando. Quem afirma isso é Matheus Moraes, Diretor-Geral de Comunicação e Políticas Públicas da 99, um dos apps mais populares em uso no mercado, em entrevista exclusiva para o jornalista Carlos Aros, da Jovem Pan.
“Mesmo que o pior cenário aconteça nesta terça”, disse Moraes, “a 99 vai brigar para garantir a mobilidade e a renda das pessoas. Na prática, a operação continua porque temos um compromisso com a sociedade”. Segundo ele, o aplicativo conta com cerca de 15 milhões de usuários que estariam sendo prejudicados com a decisão.
Altamente criticado por usuários e motoristas que utilizam tais aplicativos, o PLC 28 exige que as prefeituras autorizem, por meio de placas vermelhas, o funcionamento do serviço. Os taxistas veem neste texto a condição de igualdade para competir com os aplicativos.
“A 99 é contrária à proposta que será votada hoje porque ela pode acabar com a fonte de renda de 500 mil brasileiros”, diz o executivo. “É inconcebível que um projeto com esse impacto seja discutido dessa forma num momento de crise econômica como o de hoje”.
“Desde o ano passado a discussão teve um senso de urgência para uma discussão que é necessária, mas que não considera as pessoas que serão afetadas, tanto os motoristas quanto os 17 milhões de brasileiros para se locomover todos os dias”, opina. Moraes adiciona ainda que a empresa não concorda com o modo como o Legislativo está conduzindo a discussão.
“Nossa missão é melhorar a vida das pessoas. Uma movimentação contra isso passa uma mensagem muito ruim no Brasil e no exterior”, completou. “Esperamos que o Senado recobre a consciência da decisão que eles têm pela frente, porque não é uma decisão sobre a 99. Ela afeta todo o mercado de tecnologia, afeta dezenas de milhões de brasileiros e acaba coma renda de cerca de 500 mil pessoas”.
Ouça a entrevista completa à Jovem Pan:
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