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Acordo da COP-21 é concluído e será apresentado na manhã deste sábado

Ativistas do Greenpeace tentaram pintar um sol em volta do Arco do Triunfo

O projeto de acordo contra o aquecimento global foi concluído na madrugada deste sábado em Paris e está sendo apresentado desde 11h30 locais (8h30 de Brasília) na Cúpula do Clima (COP21), informaram fontes da reunião ao canal de televisão “BFM”.

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O texto será entregue aos delegados dos 195 países que participam da conferência da ONU pelo presidente da reunião e ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, que teve que adiar para este sábado a apresentação do acordo, prevista anteriormente para a sexta-feira, devido a divergências existentes.

Fabius fechou a reunião de sexta-feira anunciando a realização de encontros bilaterais com todas as partes ao longo do dia e a apresentação de um acordo no sábado pela manhã. Então, as partes poderão analisar durante várias horas e debater em plenário às 14h30 de Paris (11h30 de Brasília), para sua aprovação posterior pela tarde.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou na sexta-feira que estava “esperançoso” de que se chegaria a um consenso. “Houve progressos ontem à noite (quinta-feira), uma noite longa, mas ainda há algumas questões muito difíceis em que estamos trabalhando. Ao longo do dia de hoje (sexta-feira), estarei fazendo reuniões com vários grupos”, disse Kerry.

“Eu tenho esperanças. Acredito que há caminho para avançar e que há bom senso. Nas próximas horas, isso tomará forma e é possível que se possa chegar a uma conclusão em algum momento amanhã (sábado)”, assegurou o representante americano.

Divergências

As negociações giraram em torno dos três temas em que não havia consenso: a ambição do futuro acordo do clima, a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento ao assumir responsabilidades e o financiamento destes últimos.

Essas foram as explicações oferecidas à Agência Efe na sexta-feira pelo ministro do Meio Ambiente do Peru e “braço direito” de Fabius nas negociações, Manuel Pulgar Vidal, que indicou que, dentre todos os temas “espinhosos”, o da “diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento é o aspecto-chave que divide as partes”.

O Grupo de Países em Desenvolvimento com Ideias Afins – do qual fazem parte países como China, Índia, Indonésia, Irã, Malásia, Sudão e Vietnã – se pronunciou de forma favorável a marcar com mais força essa diferenciação, algo que também recebeu respaldo de Arábia Saudita e Rússia.

Seus “duros” discursos enfatizaram que os mecanismos de transparência para a revisão dos compromissos de redução das emissões sejam fundamentalmente aplicados aos países desenvolvidos e que estes sejam os responsáveis de fornecer o financiamento climático, explicou a diretora do Escritório Espanhol de Mudança Climática, Valvanera Ulargui.

A União Europeia (UE) e os Estados Unidos se opõem ao fato de que países em desenvolvimento com muitas emissões – como China e Índia – não revisem suas contribuições para um nível similar ao dos desenvolvidos.

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