Acordo não exigirá acesso a todas instalações do Irã, diz diplomata dos EUA

  • Por Agencia EFE
  • 29/06/2015 18h06
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Viena, 29 jun (EFE).- Os Estados Unidos afirmaram nesta segunda-feira que um acordo com o Irã não exigirá que os inspetores internacionais possam entrar em todas as instalações militares, mas apenas naquelas em que a agência nuclear da ONU suspeitar de atividades não declaradas.

“Não é necessário que entremos em todas as instalações militares, porque os Estados Unidos também não permitiriam a ninguém entrar em cada uma de suas instalações; portanto, isso não é apropriado”, disse à Agência Efe um diplomata americano que pediu anonimato.

O Grupo 5+1 (formado pelos membros permanentes do Conselho de Segurança – Estados Unidos, Reino Unido, China, França, Rússia – mais a Alemanha) negocia há 20 meses com o Irã para um acordo que garanta que a República Islâmica não terá meios de produzir uma bomba nuclear, mas que permita desenvolver um programa atômico civil.

O Irã sempre negou que almejasse um arsenal nuclear, mas até agora não permitiu que os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) entrassem em suas instalações militares em que há suspeita de existir pesquisas atômicas.

O diplomata considerou que, com esses limites, a AIEA poderia ter acesso a certas instalações militares iranianas, o que, se for aceito pelo Irã, desbloquearia um dos pontos fundamentais para que cheguem a um acordo.

“Se no contexto do acordo a AIEA acreditar que precisa entrar por alguma razão em algum lugar, então teremos um processo para que isso seja permitido”, explicou a fonte.

A fonte assinalou, além disso, que a data limite para um acordo, 30 de junho, será adiada em pelo menos dois dias pela dificuldade do grupo de redigir um documento sobre um acordo tecnicamente tão complexo.

Desde sábado o Irã e as potências ocidentais buscam chegar a um documento final com os detalhes do pré-acordo assinado em abril, que prevê limitar entre 10 e 25 anos algumas atividades nucleares na República Islâmica e a remodelação de certas instalações atômicas. EFE

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