Aécio volta ao Senado e repudia protestos a favor de intervenção militar
Brasília, 4 nov (EFE).- O ex-candidato presidencial Aécio Neves retomou nesta terça-feira sua cadeira no Senado após ser derrotado nas urnas pela presidente Dilma Rousseff e expressou seu repúdio a recentes manifestações que exigiram uma intervenção militar no país.
“Eu sou um democrata. Sou o primeiro candidato viável da geração pós-1964 e sempre defenderei as liberdades individuais, coletivas e de imprensa. Não aceitaremos retrocesso”, declarou Aécio ao ser recebido no Senado por dezenas de simpatizantes e legisladores opositores que lhe aclamaram aos gritos de “presidente”.
O senador não aparecia em público desde que reconheceu sua derrota, no mesmo dia do segundo turno das eleições, e hoje condenou os que tentaram desconhecer a legitimidade da vitória eleitoral de Dilma.
Esses setores minoritários organizaram uma passeata no sábado passado em São Paulo, na qual reuniram cerca de três mil pessoas que exigiram a abertura de um processo de impeachment contra Dilma ou uma “intervenção militar” para acabar com o que qualificaram como “governo de corruptos”.
Em declarações a jornalistas ao chegar ao Senado, Aécio criticou essas manifestações e assegurou que agora assumirá o papel de líder da oposição que as urnas lhe atribuíram.
“Vou fazer uma oposição sem adjetivos. Se eles quiserem diálogo, que apresentem propostas”, comentou.
O senador também antecipou que será duro com a corrupção que possa surgir, mas também com a que já é investigada pela Justiça, como o caso denunciado na Petrobras antes do início da campanha eleitoral.
“O Brasil não concorda mais com os malfeitos. Seremos um exército vigilante para cobrar o atual governo. Foram 51 milhões de eleitores. E esse número vai aumentar”, garantiu. EFE
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