Jovem Pan
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Além de crise na China, ex-ministro da Fazenda avalia economia brasileira: “só vai bem, se a política for bem”

Ex-ministro da Fazenda

As principais bolsas asiáticas seguem nesta terça-feira (25) uma tendência mista (queda e alta), apesar de Xangai continuar a registrar forte queda. Nesta segunda (24), a Bolsa de Xangai registrou a maior queda diária em mais de oito anos, 8,49%. Nesta terça, a bolsa chinesa apresentou desvalorização na abertura da sessão, 6,41%.

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Em entrevista a Jovem Pan, o embaixador e ex-ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, disse que o necessário é saber qual a profundida da crise chinesa. “A China é um mistério. Ninguém tem muita certeza do que ocorre. Ninguém pode acreditar se já cresceram ou se caíram. Não é uma política muito transparente”, afirmou.

Segundo ele, houve um certo alívio na Europa, mesmo com a queda da Bolsa de Xangai. Ricupero ressalta ainda que o Governo chinês esboça uma reação que apontam um “desejo de recuperação da economia”.

Em relação a economia brasileira, a forte queda na bolsa de Xangai é “uma péssima notícia”. “Infelizmente, nosso maior mercado que é a China, está nesta incerteza e isso se espalha pelo mundo”, lamentou.

Ricupero ressaltou que, a médio prazo, a desvalorização da moeda chinesa prejudica os manufaturados brasileiros”. “Mas a curto prazo, o que o Brasil poderia vender e está vendendo, são as commodities”, completou.

Política e economia brasileiras

Independente da China, o Brasil já sofre com a recessão econômica e, de acordo com o ex-ministro da Fazenda, isso se dá a uma conjuntura política.

Para ele, a “economia só vai bem, se a política for bem”. Questionado sobre até quando a crise econômica pode se estender, Ricupero destacou o quadro político desfavorável. “Como existem muitos problemas internos no Brasil, isso agrava as coisas. No Governo Lula não havia um quadro político tão desfavorável”, disse.

Rubens Ricupero ressaltou ainda que o cenário político era ainda melhor na época em que ele era ministro da Fazenda: “isso era totalmente diferente”.

*Ouça a entrevista completa no áudio acima

Banco Popular da China

O Banco Popular da China (Banco Central) investiu hoje 150 bilhões de yuan (cerca de 20,3 bilhões de euros) para aumentar a liquidez do sistema financeiro do país.

Em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial Xinhua, o Banco Central disse que a medida é necessária pela redução da liquidez no mercado, causada pela desvalorização do yuan.

Essa é a maior intervenção do Banco Central chinês no sistema financeiro nacional, entre as operações realizadas diretamente no mercado desde janeiro do ano passado, e supera a aplicação de 16,4 bilhões de euros da semana passada.

Também na semana passada, o Banco Central disponibilizou 14,7 bilhões de euros a 14 bancos por meio de serviços de empréstimos com prazo de seis meses.

Bolsas asiáticas

A Bolsa de Tóquio, que abriu com perdas de quase 2% e chegou a cair mais de 4% momentaneamente, acabou se recuperando, fechando, no meio da sessão, em alta de 1,10%.

Hong Kong, apesar de Xangai e da vizinha Shenzhen terem aberto em baixa, assim como Tóquio, abriu em alta.

No Sudeste Asiático, a Indonésia liderava os ganhos e o Vietnam as perdas.

Os mercados financeiros da Malásia, das Filipinas e do Vietnam negociavam em baixa na abertura, enquanto os de Cingapura, da Tailândia e Indonésia abriram em alta.

*Com informações de Agência Brasil

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