Apesar de desaceleração, economistas esperam que inflação volte a subir

  • Por Jovem Pan
  • 23/09/2015 14h15
Reprodução Google Inflação cai

A prévia da inflação desacelerou, mas acumulou a maior taxa para o período de janeiro a setembro desde 2003. De acordo com dados do IBGE, o IPCA caiu de 0,43% em agosto para 0,39% neste mês. No ano, a variação está em 7,78% e em doze meses chegou a 9,57%.

Respondendo a Rodrigo Viga, a pesquisadora do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, afirma que o custo do dólar afeta toda a economia. “O dólar está presente na economia como um todo. Nos eletrodomésticos, na fabricação do automóvel, na agricultura, como no adubo, por exemplo”, cita.

A maior pressão veio do aumento de passagens aéreas e do botijão de gás. Já os alimentos, em queda, ajudaram a segurar o índice, diz o economista Marcel Caparoz, em entrevista a Denise Campos de Toledo. “Esses itens de alimentação são muito voláteis”, ressalta.

Apesar da desaceleração, a inflação segue pressionada, mesmo com a recessão e a queda do consumo. A economista Alessandra Ribeiro enfatiza que a inflação seguirá forte e chama atenção para as sinalizações nos itens do IPCA 15: “Quando a gente exclui itens mais voláteis (…), a gente vê um quadro ainda muito complicado”, diz. “A inflação alta ainda é uma realidade e continuará sendo por uns bons meses,

As variações do grupo de serviços continuam rodando acima dos 8%. E ainda tem o dólar que já começa a pressionar alguns grupos de preços e pode comprometer até a queda mais forte da inflação esperada para 2016.

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