Após noite tranquila, combates são retomados perto do aeroporto de Donetsk

  • Por Agencia EFE
  • 17/09/2014 05h55

Kiev, 17 set (EFE).- Os bombardeios de artilharia e combates foram retomados nesta quarta-feira junto ao aeroporto da rebelde região de Donetsk após uma noite relativamente tranquila, segundo informaram fontes da prefeitura da capital regional.

De manhã se escutaram de novo explosões e disparos de artilharia perto do aeroporto e colunas de fumaça se elevaram rumo ao céu, de acordo com comunicado postado pelo consistório em seu site.

O primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Donetsk, Alexandr Zajarchenko, informou que dois civis morreram nas últimas 24 horas por disparos procedentes do aeroporto.

“Dispararam com artilharia na zona da mina Oktiabrskaya. O bombardeio veio do aeroporto. Morreram dois civis”, disse o responsável separatista à agência russa “Ria Nóvosti”.

A mesma fonte declarou que os rebeldes e as forças ucranianas se enfrentaram em combates nas áreas de Telmánovo e Gorlovka e que dois dos insurgentes ficaram feridos.

Os novos incidentes acontecem apesar do cessar-fogo entre Kiev e os rebeldes pró-Rússia vigente desde o último dia 5 de setembro.

Os separatistas acusam as forças governamentais de aproveitar a trégua para atacar o aeroporto e a cidade de Donetsk, principal praça forte rebelde, reagrupar suas unidades e reforçar suas posições.

O protocolo de Minsk assinado por ambos lados inclui, entre outras coisas, um cessar-fogo, a troca de prisioneiros de guerra, a abertura de corredores humanitários e a concessão de um status especial às regiões sob controle rebelde.

O parlamento ucraniano aprovou ontem uma lei que contempla três anos de autogoverno para as zonas de Donetsk e Lugansk controladas pelos rebeldes pró-Rússia.

Zajarchenko disse hoje à agência “Interfax” que a administração separatista de Donetsk não permitirá que se organizem eleições locais nas regiões rebeldes em 7 de dezembro, a data estabelecida pela lei de autogoverno aprovada pelo legislativo ucraniano.

“Temos um conselho supremo próprio e adotaremos uma decisão independente sobre quando realizar as eleições. Aqui não haverá nenhuma eleição organizada pela Ucrânia”, garantiu. EFE

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