Arthur Lira considera reforma tributária ‘a mais importante de todas’

Deputado federal do PP concedeu entrevista exclusiva ao programa Os Pingos Nos Is; eleições no Congresso acontecem nesta segunda-feira, 1º

  • Por Jovem Pan
  • 29/01/2021 21h18
Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados Arthur Lira Presidente da Câmara, Arthur Lira foi peça chave na aprovação dos auxílios do Governo.

O candidato a presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) disse, em entrevista exclusiva à Jovem Pan, que considera a reforma tributária “a mais importante de todas” e que cobrará a entrega do relatório, se eleito. “Na minha opinião, ela [reforma tributária] já está na comissão em tempo exagerado e, por isso, iremos cobrar a entrega do relatório para que a Câmara possa chamar a sociedade civil, todas as pessoas e setores que tem interesse na desburocratização e simplificação da legislação tributária”, afirmou. Ele defendeu ainda a necessidade de “simplificação” do sistema. “Esse tema precisa de cuidado e de um debate claro. O Brasil é um país continental com muitas diferenças regionais, de infraestrutura, de necessidades. Vamos abrir a Câmara para oportunizar um debate claro para que a gente não tenha o pior texto, mas sim o texto ideal”, disse. As privatizações também terão espaço, caso Lira assuma a presidência deixada por Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Lira avalia também que a reforma administrativa pode ser aprovada no primeiro trimestre. Para ele, trata-se de uma pauta importante para o Brasil que foi “estocada em uma gaveta” na atual gestão de Maia. “Vamos voltar com as comissões permanentes e a PEC será enviada para CCJ com a criação da comissão especial. Acredito que a reforma administrativa pode ser aprovada no primeiro trimestre na Câmara. E, com o Senado trabalhando e fazendo o mesmo calendário, fazemos a inversão das matérias”, disse ao jornalista Tomé Abduch. Lira ainda afirmou que a reforma administrativa “vai mostrar claramente, para o mundo e para o Brasil, que a política se preocupa com contenção de despesas, previsibilidade, excelência na contenção de gastos público” e que será “uma boa sinalização ao mercado e aos investidores”.

“Estamos em absoluta tranquilidade no nosso bloco que é alinhado e trabalha harmonicamente para uma vitória para que o Brasil possa ser destravado e que, com isso, acabem os acotovelamentos e cessem as disputas internas”. Segundo ele, o bloco de Rodrigo Maia, entre outros partidos, trabalham pela “paralisação” do Brasil e das reformas. “Se o outro candidato [Baleia Rossi, apoiado por Maia] tiver metade da palavra que eu prezo, ele não vai tocar nada de pauta produtiva para o país”, disse. Ele ainda avaliou que a “a maioria do Congresso brasileiro é reformista e tende a fazer um Estado democrático, mais leve e ágil. Quando Brasília não atrapalha, o Brasil cresce mais”, finalizou.

O candidato ainda afirmou que não é objetivo do Centrão, bloco do qual faz parte, ter participação na Esplanada dos Ministérios. A ideia chegou a ser ventilada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro que, segundo ele, poderia transformar as secretarias da Cultura, Pesca e Esportes em ministérios se os candidatos com os quais simpatiza fossem eleitos na Câmara e no Senado. “Nosso objetivo nunca foi esse. Os partidos de Centro sempre responderam pela aprovação dos temas mais árduos do país. Sempre votamos leitos que colocam regras, votamos a reforma trabalhista, a Previdência, a lei do teto [de gastos] e o Fundeb. Nunca nos furtamos das discussões importantes para o país. O que pode acontecer é vivermos um tempo diferente onde toda a gestão da Câmara será feita em conjunto. Não será ‘eu’, seremos ‘nós’, falaremos no coletivo. E não seremos um Poder submisso ao outro. Seremos altivos e obedeceremos a Constituição”, disse.

Assista à íntegra da entrevista de Arthur Lira ao Os Pingos Nos Is:

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