Assassinado a tiros líder da Frente al Nusra em Idlib, na Síria

  • Por Agencia EFE
  • 16/04/2014 08h44

Cairo, 16 abr (EFE).- O “emir” do Frente al Nusra -grupo vinculado à rede Al Qaeda- na província de Idlib, na Síria, foi assassinado a tiros ontem à noite junto a sua família, informou nesta quarta-feira o Observatório Sírio Direitos Humanos, que acusou o grupo rival Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) de cometer o crime.

A ONG explicou por meio de um comunicado que Abu Mohammed al Ansari, também conhecido como Fateh Rahmun, sua mulher, seus dois filhos e seu irmão, que trabalhava na organização, morreram no ataque.

A ação ocorreu quando sua família o visitava na aldeia Raas al Hasn, nas proximidades da população de Harem, disse o Observatório.

A organização humanitária informou que as execuções foram cometidas por membros do EIIL, que combate há meses a Frente al Nusra pelo controle das fortificações rebeldes.

Segundo as fontes citadas pelo Observatório, quatro membros da milícia entraram na aldeia de Raas al Hasn sob o pretexto de visitar Ansari e se informar sobre seu estado de saúde.

Após a ação, membros da Frente al Nusra entraram em confronto com os agressores. Um deles se ateou fogo com um cinto de explosivos e um deles morreu, assim como um integrante da Frente al Nursra. Outros dois milicianos do EIIL foram presos.

Em 11 de abril, a Frente al Nusra recuperou o controle total da cidade síria de Al Bukamal, na fronteira com o Iraque, após choques contra o EIIL.

O Frente al Nusra retomou totalmente a cidade após expulsar os militantes do EIIL, que no dia anterior tinha conseguido dominar várias zonas da cidade, em combates que deixaram quase 100 mortos.

Os choques entre as distintas facções rebeldes na Síria aumentaram desde janeiro e envolvem principalmente o EIIL e outros grupos de tendência islamita e jihadista.

No ano passado, o líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, designou a Frente al Nusra como a filial da organização na Síria e ordenou que o EIIL deixasse de operar neste país e limitasse suas atividades ao Iraque, o que foi desobedecido pelo grupo. EFE

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