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Ataque a complexo governamental deixa 20 mortos e 67 feridos no Afeganistão

Cabul, 9 abr (EFE).- Pelo menos 20 pessoas – 11 civis, cinco policiais e quatro criminosos – morreram e 67 ficaram feridas no ataque realizado nesta quinta-feira em um complexo governamental da província de Balkh, no norte do Afeganistão, informaram à Agência Efe fontes oficiais.

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Um grupo de talibãs armados se infiltrou por volta das 11h30 (horário local, 4h de Brasília) em um complexo de escritórios judiciais da capital provincial, Mazar-e-Sharif, onde se envolveram em uma troca de tiros com as forças afegãs que se prolongou durante cerca de seis horas e meia, disse o chefe de segurança regional, Abdul Khaliq Qaderi.

“Os quatro invasores morreram no tiroteio, mas cinco policiais também perderam a vida”, afirmou Qaderi.

Os invasores, vestidos com uniforme militar, mataram a tiros o guarda de segurança que vigiava a entrada para conseguir entrar no complexo, que abriga o escritório do procurador-geral provincial e o Tribunal de Apelações de Balkh.

O chefe do hospital provincial, Khuwaja Noor Mohammad Fayiz, declarou à Efe que o centro sanitário recebeu 16 corpos, mas não os corpos dos quatro invasores, e atendeu a 67 feridos.

“A maioria dos mortos e feridos são civis, incluindo crianças e mulheres, e dúzias dos feridos estão em situação crítica”, declarou Fayiz.

O ataque aconteceu na hora do rush, motivo pelo qual o edifício estava cheio de trabalhadores e civis que foram apresentar seus casos nessas dependências judiciais, situadas a poucos metros do escritório do governador provincial.

O Ministério do Interior situou em cinco o número de invasores e assegurou em comunicado que todos os trabalhadores e visitantes foram retirados do edifício.

Os talibãs reivindicaram a autoria do ataque, no qual os “inimigos” sofreram importantes baixas, segundo disse no Twitter o porta-voz do grupo insurgente, Zabihullah Mujahid.

Os atentados em Balkh são menos frequentes que em outras províncias afegãs, embora exista atividade insurgente nas zonas rurais.

A Otan pôs ponto final em 2014 em sua missão de combate no Afeganistão, a Isaf, que foi substituída desde janeiro pela operação Apoio Decidido, com cerca de 4.000 soldados em tarefas de assistência e capacitação dos corpos de segurança afegãos.

Por sua vez, os Estados Unidos continuaram sua missão “antiterrorista” no país islâmico com 9.800 soldados, que manterão no terreno até o final desse ano. EFE

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