Ataque de islamitas em Hama mata pelo menos 34 soldados do regime sírio
(Atualiza o número de mortos)
Cairo, 18 mai (EFE).- Pelo menos 34 membros das forças leais ao regime sírio morreram neste domingo em um ataque lançado por rebeldes islamitas na província de Hama, no centro da Síria, informou à Agência Efe o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Entre os mortos há um grande número -sem determinar- de altos oficiais das Forças Armadas sírias.
Em declarações por telefone, o diretor da ONG, Rami Abdel-Rahman, explicou que os soldados do governo foram abatidos por combatentes da Frente al Nursa – filial da Al Qaeda na Síria -, a Frente Islâmica e outras facções radicais em uma operação conjunta na aldeia Tel Malh, no leste de Hama.
Além disso, o diretor revelou que pelo menos 19 membros de grupos insurgentes islamitas perderam a vida ontem à noite em enfrentamentos com militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que conseguiram tomar o controle da cidade de Tel Bahuta, também em Hama.
O Observatório informou hoje, além disso, do falecimento do diretor do departamento da defesa Aérea pelos ferimentos sofridos em enfrentamentos contra a Frente al Nusra perto da cidade de Al Meliha, nas imediações de Damasco.
A opositora Comissão Geral da Revolução Síria precisou em comunicado que esses combates ocorreram ontem e identificou o falecido como o general Hussein Ishaq.
Ontem, rebeldes de cinco grupos islamitas declararam o radical EIIL como “alvo militar da revolução”, junto com o regime de Bashar al Assad e seus aliados de outros países.
O comunicado foi assinado pela Frente Islâmica -principal aliança islamita dentro da Síria-, a Brigada al Furqan, o Exército dos Mujahedins (guerreiros santos), a Legião do Levante e da União Islâmica dos Soldados do Levante.
Estas facções justificam ter o EIIL como alvo de seus ataques, porque “cometeu agressões contra o povo” sírio.
Desde 3 de janeiro, os grupos que assinaram este comunicado, em colaboração com a Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, lutam contra o EIIL no norte do país porque consideram que cometeu violações contra o povo sírio, como assassinatos e sequestros. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.