Ataque jihadista no Mali deixa pelo menos seis soldados e um civil mortos

  • Por Agencia EFE
  • 16/01/2015 21h08

(Atualiza com número de mortos e comunicado governamental).

Bamaco, 16 jan (EFE).- Pelo menos seis soldados e um civil morreram em ataques cometidos na manhã desta sexta-feira por um suposto grupo jihadista na cidade de Tenenkou, no centro do Mali, disseram à Agência Efe fontes médicas locais.

O governo reconheceu o ataque, que deixou “perdas humanas em ambos os lados”, segundo um comunicado do Ministério de Defesa, que não informou o número de vítimas.

O ministério afirmou que as forças de segurança recuperaram o controle da cidade e fizeram alguns prisioneiros. Além disso, foram enviados reforços para a cidade, que já havia sido atacada de forma similiar em 8 de janeiro.

Fontes de Tenenkou disseram à Efe que os jihadistas chegaram no amanhecer a bordo de caminhonetes, que foram confundidas com os veículos que costumam chegar ao local para o mercado semanal. Os extremistas começaram a disparar contra os militares ao alcançarem o centro da cidade aos gritos de “Alahu akbar” (Alá é grande).

Seis soldados morreram e quatro ficaram feridos, segundo fontes médicas locais, além de um número indeterminado de jihadistas.

Durante horas, os milicianos tentaram tomar o controle dos principais edifícios administrativos da cidade, enquanto os militares abandonaram momentaneamente o local para regressar mais tarde com reforços do exército e do contingente francês no Mali (Barkhane).

Não está muito claro qual era o objetivo dos jihadistas, que deixaram a cidade com várias vítimas a bordo das picapes. Alguns milicianos ficaram para trás e foram presos pelo exército.

O padrão da operação de hoje é muito parecido ao utilizado em Nampala, no norte do país, próximo da fronteira com a Mauritânia, em 5 de janeiro, quando vários grupos lançaram um ataque coordenado contra o quartel militar local e mataram 10 soldados.

Os jihadistas ocuparam o quartel durante várias horas, até que se retiraram por vontade própria e sem nenhuma baixa. Posteriormente, disseram em um comunicado que o objetivo foi punir as forças que participam na vizinha Diabaly das frequentes incursões contra os grupos jihadistas. EFE

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