Atentado em hotel com juízes no norte da Península do Sinai deixa sete mortos
Um atentado com carro-bomba contra um hotel que hospedava juízes na cidade de Al Arish, no norte da Península do Sinai, no Egito, provocou nesta terça-feira a morte de pelo menos sete pessoas, três delas terroristas, além de deixar outras 14 pessoas feridas.
Um juiz, dois policiais e um civil perderam a vida no ataque ao hotel Swiss Inn, quando um terrorista detonou o colete de explosivos que usava junto ao corpo, informou o Ministério do Interior egípcio.
O exército egípcio explicou em sua página no Facebook que um extremista conseguiu entrar no edifício e ativar os explosivos na cozinha. Outro invadiu um dos quartos do hotel, onde assassinou a tiros o juiz.
Esse atentado aconteceu após que as forças de segurança prenderem e explodirem um carro-bomba conduzido por um terceiro terrorista em uma barreira de segurança no perímetro do hotel.
O comunicado detalha que entre os feridos figuram dois juízes, três oficiais da polícia, cinco recrutas e dois civis.
Fontes oficiais e dos serviços de segurança consultadas pela Agência Efe nesta manhã disseram que houve um tiroteio no acesso ao hotel Swiss Inn, próximo à praia, aos arredores de Al Arish.
A explosão causou a destruição dos vidros das janelas e portas do hotel e a queda de alguns muros. As forças de segurança fecharam a rua que leva ao hotel e as zonas divisórias.
No hotel se hospedavam juízes que tinham viajado ao norte do Sinai para supervisionar as eleições parlamentares realizadas no domingo e na segunda-feira.
Não foram registrados incidentes durante o pleito na região, embora a participação eleitoral tenha sido muito baixa.
O norte do Sinai é reduto de vários grupos extremistas, entre eles a filial egípcia do Estado Islâmico (EI), Wilayat al-Sina, que intensificou seus ataques contra as forças de segurança do país desde o golpe de Estado de julho de 2013.
O Wilayat al-Sina afirma que derrubou o avião da companhia russa Metrojet no último dia 31 de outubro no Sinai, com 224 pessoas a bordo, como vingança pelos bombardeios russos na Síria.
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