Jovem Pan
Publicidade

Atentados contra duas igrejas no Egito deixam dezenas mortos

Cena da explosão de bomba na igreja Mar Girgis em Tanta

O número de mortes em explosões em duas igrejas nas cidades egípcias de Tanta e Alexandria subiu para 44. Cerca de 100 pessoas ficaram feridas. O grupo Estado Islâmico reivindicou os ataques.

Publicidade
Publicidade

Entre as vítimas, 27 morreram e 78 ficaram feridas em um primeiro ataque contra o templo de São Jorge (Mar Guergues), na cidade de Tanta, que fica 120 quilômetros ao norte da capital Cairo. Ainda conforme autoridades do país, uma bomba teria sido plantada debaixo de um assento no salão principal da igreja.

A explosão foi registrada durante a missa de Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa para os coptas, uma minoria que representa cerca de 10% da população egípcia.

Um segundo atentado aconteceu pouco depois contra a catedral de São Marcos, na cidade litorânea de Alexandria, onde pelo menos 16 pessoas morreram e outras 41 ficaram feridas, informou à Agência Efe uma fonte ministerial. O ataque ocorreu pouco depois de ter terminado a celebração comandada pelo Papa Tawadros II, patriarca da igreja copta. Mais tarde, os assessores de Tawadros II disseram à imprensa local que ele havia escapado ileso.

Imagens da CCTV transmitidas em canais egípcios mostraram um homem se aproximando do portão principal da catedral, mas sendo afastado e dirigido para um detector de metais. O homem passa então por uma policial conversando com outra mulher e entra em um detector de metais, então uma explosão atinge o local. Uma segunda bomba foi mais tarde descoberta e desativada por oficiais na área da catedral, conforme o governo egípcio.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu hoje através de sua agência de informação “Amaq” a autoria dos dois atentados, que foram cometidos por um “grupo de segurança” pertencente à organização, em um breve comunicado difundido através das redes sociais e cuja veracidade não pôde ser comprovada.

Os ataques acontecem 20 dias antes da visita do papa Francisco ao Egito, que está prevista para os dias 28 e 29 de abril, a primeira viagem do pontífice argentino ao Oriente Médio. O papa condenou os ataques e pediu a Deus a conversão dos terroristas.

No dia 11 de dezembro, 28 fiéis da minoria cristã copta morreram em um atentado cometido por um suicida contra uma igreja situada próxima da catedral do Cairo, no bairro de Abbassiya. O braço egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) também assumiu a autoria daquele atentado.

“Que todos os infiéis e apóstatas de Egito e de todas as partes saibam que nossa guerra contra os idólatras continua”, dizia uma nota difundida na época pelo grupo extremista.

O Egito sofreu atentados de maneira reiterada desde o golpe militar de 3 de julho de 2013 que derrubou o então presidente, o islamita Mohammed Mursi, mas a grande maioria desses ataques, até agora, estava voltada contra as forças de segurança, especialmente na península do Sinai.

Com informações das agências EFE, Associated Press e Dow Jones Newswires por meio de Estadão Conteúdo

Publicidade
Publicidade