Ativistas do Maidan se negam a abandonar o centro de Kiev

  • Por Agencia EFE
  • 28/05/2014 10h34
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Kiev, 28 mai (EFE).- Os ativistas do Maidan ucraniano, como é conhecido o movimento insurgente que derrubou Viktor Yanukovich, anunciaram nesta quarta-feira que não deixarão a Praça da Independência de Kiev até que não sejam cumpridas todas as suas exigências.

“O Maidan não irá embora até que se cumpram todas as suas exigências: punição aos criminosos, renovação do poder, reforma política, regulação constitucional das comunidades, criação da comunidade territorial de Kiev com autogoverno”, afirma o Manifesto das Comunidades do Maidan.

Os ativistas, instalados há seis meses em uma espécie de vila de barracas, rejeitaram assim o pedido do recém-eleito prefeito de Kiev, o ex-campeão de boxe Vitali Klitschko, que, em uma de suas primeiras declarações após as eleições, pediu que desmontassem as barricadas no centro da capital.

“Tenho certeza de que hoje as barricadas já cumpriram sua função e dever ser desmontadas. Kiev deve voltar pouco a pouco à vida normal e concentrar seus esforços nas reformas, para que se possa enfrentá-las com mais rapidez”, disse o futuro governante da cidade.

As organizações reunidas no movimento popular do Maidan aceitaram reduzir o espaço que estão ocupando aos limites da praça da Independência e liberar as ruas adjacentes, entre elas a Kreschatik, principal via da cidade.

Os ativistas também responderam ao pedido de Klitschko para que as autodefesas do Maidan deixem a prefeitura de Kiev – tomada da mesma forma que a praça há mais de meio ano – e propuseram a necessidade de um debate públicos sobre os usos que deveriam ser dados ao edifício, situado na rua Kreschatik.

As organizações também propõem que a Casa dos Sindicatos – situada na mesma Praça da Independência, incendiada e queimada pelos ativistas mais radicais do Maidan durante os violentos conflitos de fevereiro – seja reconstruída para ser transformada em um centro cívico. EFE

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