Ato tenta evitar sacrifício do cachorro da espanhola contaminada pelo ebola

  • Por Agencia EFE
  • 07/10/2014 18h15

Madri, 7 out (EFE).- Um grupo de 100 pessoas, se concentrou nesta terça-feira em frente ao edifício onde vive a auxiliar de enfermagem contaminada pelo vírus ebola, para pedir que as autoridades de Madri não sacrifiquem o cachorro da família, Excalibur, como medida preventiva.

Teresa Romero Ramos, de 44 anos de idade, é a primeira vítima do ebola na Europa. A mulher, que é casada e não tem filhos, está sendo tratada no Hospital Carlos III, na capital espanhola, onde pode ter se contagiado enquanto atendia o religioso Manuel García Viejo, que morreu em consequência do vírus após voltar de Serra Leoa.

Hoje governo da comunidade Autônoma de Madri ordenou o sacrifício do cachorro da família, por entender “representa um possível risco de transmissão da doença ao homem”, já que vivia em contato próximo com a paciente.

O marido da auxiliar de enfermagem, que está internado, em observação, se nega a autorizar o sacrifício do animal, fazendo denúncias nas redes sociais, onde recebeu diversas demonstrações de solidariedade.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Madri explicou que, segundo a informação científica disponível, “existem dados que confirmam a descobertas de cachorros com anticorpos positivos do vírus ebola”, por isso, estes animais “podem sofrer um processo de infecção, mesmo que não apresentem sintomas.

“Não existe garantia de que os animais infectados não eliminem o vírus através de seus fluidos orgânicos, com o risco potencial de contágio”, aponta o documento divulgado pelo órgão municipal.

A manifestação na frente da casa da família de Teresa Romero Ramos foi promovida através das redes sociais por associações de defesas dos animais para salvar o cão. Além disso, militantes e simpatizantes do Partido Animalista participaram do ato.

“Javi e Teresa: Excalibur não está sozinho”, fizeram côro os manifestantes. Agentes da polícia local formaram um cordão de isolamento diante do prédio da família da auxiliar de enfermagem.

Uma das reivindicações do grupo é que o cão seja colocado em quarentena ou isolamento, para que seja comprovado o contágio pelo vírus, antes de realizar o sacrifício. EFE

apa/bg

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