Ban conversará com Putin, e pedirá respeito à soberania da Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 01/03/2014 17h44

Nações Unidas, 1 mar (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, deve telefonar neste sábado para o presidente russo, Vladimir Putin, para falar da sua preocupação com a situação da Crimeia, e pedir “total respeito” à soberania e à integridade territorial da Ucrânia.

Ban, conforme informou o porta-voz Martin Nesirky em entrevista coletiva, pede a “volta imediata à calma e ao diálogo entre todas as partes para solucionar a atual crise”. Ele quer, além disso, escutar “diretamente de Putin sua análise da situação”, disse Nesirky.

Nesirky não quis comentar de forma direta a autorização dada pela Câmara Alta do Parlamento russo para o desdobramento de tropas na Crimeia, e ressaltou que a chave neste momento é “restaurar a calma e o diálogo direto”.

“O que precisamos agora é termos a cabeça fria e calma”, insistiu.

O porta-voz explicou que Ban “acompanha de perto” o que está acontecendo na Ucrânia, e está “gravemente preocupado com a piora da situação”.

“O secretário-geral reitera sua chamada ao total respeito e preservação da independência, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”, assinalou.

Segundo Nesirky, essa mensagem em favor da integridade territorial da Ucrânia foi partilhada pelos membros do Conselho de Segurança da ONU na reunião realizada na sexta-feira.

Ban, que deve se reunir amanhã com seu enviado à Ucrânia, Robert Serry, não estará presente na reunião de hoje do Conselho de Segurança em Nova York. Em seu lugar participará o subsecretário-geral da ONU, Jan Eliasson.

A nova reunião foi convocada hoje pelo Reino Unido após a decisão de Putin de solicitar autorização para enviar tropas na Crimeia a fim de estabilizar a situação na autonomia ucraniana povoada majoritariamente por falantes de russo e base da Frota russa do Mar Negro.

Serry tinha previsto, inicialmente, viajar hoje à região autônoma, embora tenha desistido ao considerar que as circunstâncias não permitiam.

Ontem, vários países, como os Estados Unidos e Reino Unido à cabeça, propuseram que Serry liderasse uma missão internacional de mediação na Crimeia, uma ideia rejeitada pela Rússia. EFE

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