Banco Central prevê déficit de US$ 84 bilhões nas contas externas em 2015

  • Por Agencia Brasil
  • 22/04/2015 13h19
Cédulas de dinheiro. Foto: Marcos Santos/USP Imagens Usp Imagens/ Marcos Santos Dinheiro

O Banco Central (BC) projeta déficit de US$ 84 bilhões, 4,42% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) nas contas externas brasileiras em 2015. A autoridade monetária alterou a previsão em relação à edição anterior, em função da adoção de nova metodologia de cálculo, de acordo com manual mais recente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Antes da mudança, a estimativa era que as chamadas transações correntes encerrariam o ano com déficit perto de US$ 80 bilhões.

As transações correntes são trocas comerciais, de serviços e financeiras do Brasil com o mundo. Seu resultado indica a qualidade das contas externas de um país. Em março, pela nova metodologia, essas transações registraram déficit de US$ 5,7 bilhões.

Chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel disse que o resultado ficou dentro da previsão da instituição, que era saldo negativo de US$ 5,5 bilhões. Maciel ressaltou que o déficit é inferior ao do mesmo mês de 2014, de US$ 6,6 bilhões.

“O padrão de déficits menores mês a mês se repete”, acrescentou. Segundo ele, para abril, o BC projeta déficit de US$ 6 bilhões nas transações correntes, ante resultado negativo de US$ 9,1 bilhões em abril de 2014. Para Maciel, os déficits estão menores por causa da redução dos saldos negativos em contas como a da balança comercial e a de serviços.

Ele esclareceu que, em ambas, o movimento ocorre por influência do câmbio. Na balança comercial, por exemplo, o dólar mais valorizado favorece as exportações. Segundo projeção de hoje (22) do BC, a balança encerrará 2015 com superávit de US$ 3 bilhões. Na conta de serviços, que inclui os gastos de brasileiros no exterior, a moeda norte-americana em alta contribui para desembolsos menores.

De US$ 1,833 bilhão, em março de 2014, as despesas de brasileiros lá fora recuaram para US$ 1,504 bilhão no mesmo mês deste ano. No primeiro trimestre, o recuo foi de US$ 5,847 bilhões para US$ 5,232 bilhões.

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