BC reduz para 1,6% sua previsão para o crescimento da economia em 2014

  • Por Agencia EFE
  • 26/06/2014 11h57
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Rio de Janeiro, 26 jun (EFE).- O Banco Central (BC) reduziu sua previsão para o crescimento econômico do Brasil neste ano de 2%, valor calculado em abril, até 1,6%, segundo relatório trimestral divulgado nesta quinta-feira.

A instituição também se mostrou mais pessimista com relação à inflação em 2014, e prevê agora uma taxa de 6,4%, contra o índice de 6,2% esperado há três meses.

Apesar das revisões, as projeções do Banco Central para o Produto Interno Bruto (PIB) e para o índice de preços ainda são mais otimistas do que a dos economistas do mercado.

De acordo com o último boletim Focus, pesquisa semanal realizada pelo BC com uma centena de economistas do mercado financeiro, os analistas projetam para este ano um crescimento econômico de 1,16% e uma inflação de 6,46%.

Segundo seu novo relatório trimestral, o Banco Central espera para 2014 uma inflação muito próxima do limite máximo tolerado pelo governo. A meta oficial para a inflação no país é de 4,5%, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais, o que permite um teto de 6,5%.

O Brasil fechou 2013 com uma inflação de 5,91% e o Banco Central vem elevando as taxas de juros internas, que estão em seus maiores níveis nos últimos anos.

Em relação ao PIB, tanto o Banco Central como os economistas esperam uma desaceleração econômica após a ligeira recuperação de 2013. Após ter registrado uma expansão de 7,5% em 2010, o crescimento da economia brasileira foi de 2,7% em 2011, de 1% em 2012 e de 2,5% em 2013.

O Banco Central justificou suas projeções mais pessimistas em função da constatação de que o consumo vem apresentando uma “expansão em ritmo mais moderado que o observado em anos recentes” e que os investimentos se reduzirão neste ano 2,4%, frente ao crescimento de 1% esperado há três meses.

O BC explicou também que, como consequência da seca do início do ano, a agropecuária já não crescerá 3,5% como o esperado, mas apenas 2,8%. Diante da queda do consumo, a produção industrial sofrerá neste ano uma retração de 0,4%, contra o crescimento de 1,5% esperado há três meses.

O organismo, no entanto, descarta uma recessão econômica no Brasil e prevê uma recuperação para o próximo ano pois os investimentos vão “ganhar impulso”.

“O cenário de maior crescimento global, combinado com a desvalorização do real (frente ao dólar), tende a favorecer o crescimento da economia brasileira”, segundo o relatório do Banco Central. EFE

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