BCE aumenta novamento os créditos de emergência para os bancos gregos

  • Por Agencia EFE
  • 23/06/2015 11h05
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Frankfurt (Alemanha), 23 jun (EFE).- O Banco Central Europeu (BCE) aumentou nesta terça-feira, pelo terceiro dia laboral consecutivo, a quantidade máxima de créditos de emergência que os bancos gregos podem solicitar ao Banco da Grécia, informou a EFE Dow Jones, que cita uma fonte de um banco grego.

A fonte não especificou em quanto o BCE aumentou o limite do programa de provisão urgente de liquidez.

“O BCE voltará a se reunir por teleconferência em qualquer momento”, disse a fonte citada pela Efe Dow Jones.

O BCE responde deste modo ao aumento da retirada de depósitos dos bancos gregos pelas famílias e empresas.

A entidade monetária não revelou a quantidade máxima à qual ascende atualmente a provisão urgente de liquidez para os bancos gregos, mas alguns meios de comunicação informaram ontem sobre 87,8 bilhões de euros.

Na quarta-feira da semana passada, a quantidade se situava em 84,1 bilhões de euros e na sexta-feira o Banco da Grécia solicitou um aumento de 3 bilhões de euros.

O conselho de governo discute desde sexta-feira, diariamente, a ampliação da provisão urgente de liquidez para os bancos gregos em um momento-chave das negociações do governo grego com seus credores.

A Grécia deve devolver ao Fundo Monetário Internacional (FMI) 1,6 bilhão de euros em 30 junho, quando vence a atual prorrogação do resgate.

O presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, se mostrou convencido após a cúpula de Chefes de Estado e do governo de que “será alcançado um acordo definitivo no curso desta semana”.

A nova proposta grega se acerca mais à postura dos credores internacionais em suas exigências e abre a via a um possível acordo.

Parece que Atenas está disposta a fazer concessões e aumentar os impostos de alguns produtos e dos hotéis para aumentar os ingressos e eliminar as aposentadorias antecipadas a partir do próximo ano, assim como reduzir as pensões complementares mais elevadas de alguns funcionários.

O programa de fornecimento urgente de liquidez permite aos bancos gregos se financiar de forma excepcional a curto prazo através do Banco da Grécia, embora a um interesse maior do o que pede atualmente o BCE em suas operações ordinárias de refinanciamento do 0,05%.

Além disso, é a Grécia quem assume o risco creditício destes empréstimos.

O BCE ajuda os bancos gregos a muito curto prazo com os aumentos da liquidez de urgência que podem pedir.

Para que o Banco da Grécia possa dar este financiamento excepcional é necessário que os bancos gregos sejam solventes.

A Grécia, que tem um endividamento público de 320,4 bilhões de euros, deve devolver 26,6 bilhões de euros no segundo semestre deste ano. EFE

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