BID afirma que economia da América Latina será volátil nos próximos 5 anos

  • Por Agencia EFE
  • 04/02/2015 17h30
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Bogotá, 4 fev (EFE).- As economias dos países latino-americanos enfrentarão cinco anos de volatilidade devido principalmente à queda nos preços do petróleo e aos atrasos da crise econômica, advertiu nesta quarta-feira em Bogotá o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno.

“A baixa de preços vai durar vários anos e vamos estar abaixo da média dos US$ 100”, afirmou Moreno durante o HP Innovation Day, um evento para divulgar as tendências econômicas e tecnológicas em 2015.

Segundo Moreno, na medida em que caem os preços do petróleo alguns projetos perdem viabilidade, o que afugenta o investimento.

“Voltar a iniciar um processo de exploração tomaria pelo menos 24 meses”, acrescentou.

O presidente do BID comentou que os países mais afetados são México, Venezuela, Colômbia e Equador, cujas receitas dependem em grande parte da exportação de petróleo, enquanto para os demais países latino-americanos o impacto é positivo ou neutro, devido à redução dos custos em sua importação.

Além disso, Moreno disse que a economia latino-americana está crescendo abaixo de sua média histórica de 3,5%, ao assegurar que para este ano se prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da região se situe em 2%.

Por outro lado, o presidente do BID destacou que na última década a pobreza na América Latina se reduziu a 29%, mas chamou a atenção para iniciativas de caráter assistencialista de alguns governos que se veem afetadas quando precisam fazer ajustes fiscais.

Também advertiu que a produtividade da América Latina não aumentou em 20 anos, o que, segundo sua opinião, pode ser resolvido se forem solucionados os problemas de informalidade, déficit em infraestruturas e formação em qualidade humana.

Por fim, Moreno ressaltou que as economias da América Central e do Caribe têm maior dependência dos Estados Unidos, enquanto as sul-americanas se parecem cada vez mais às da Ásia por seus nexos econômicos. EFE

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