Bolívia assinará novo contrato para exportar mais gás ao Brasil

  • Por Agencia EFE
  • 18/02/2014 13h42

La Paz, 18 fev (EFE).- O governo da Bolívia assinará um novo contrato para exportar durante quase três anos 2,24 milhões de metros cúbicos diários de gás natural para Cuiabá (MT), informou nesta terça-feira a companhia petrolífera estatal boliviana YPFB.

Os presidentes da Petrobras e da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e assinarão o documento em um ato previsto para a primeira semana de março em uma sede ainda indefinida, assinala um comunicado da companhia petrolífera boliviana.

Segundo a mesma fonte, está sendo planejada a presença ao evento da presidente Dilma Rousseff e da Bolívia, Evo Morales.

Trata-se de um contrato de fornecimento de gás natural a uma usina termelétrica de Cuiabá, acordo que durará 34 meses, entre março de 2014 e dezembro de 2016, mas que pode ser ampliado caso o requerimento for prolongado, afirmou o presidente de YPFB, Carlos Villegas.

A Bolívia está fornecendo desde sábado gás natural a Cuiabá por um contrato inicial para 20 dias.

O preço básico para a venda é de US$ 10,16 por milhão de BTU (Unidade Térmica Britânica), mas terá um aumento adicional se a Bolívia garantir o fornecimento diário e semanal dos volumes.

Com o preço base, a Bolívia cobraria US$ 16,7 milhões em 20 dias, mas a soma será de US$ 17,5 milhões se tiver os pagamentos extra.

O Brasil está comprando o volume adicional de gás natural pelo movimento econômico que geraram a organização do Mundial de Futebol 2014 e as Olimpíadas de 2016, segundo diretores de YPFB.

A exportação do hidrocarboneto para Cuiabá é possível porque a Bolívia conta este ano pela primeira vez com uma produção adicional de gás natural não comprometida em seus contratos maiores com o mercado de São Paulo e o da Argentina.

A produção boliviana de gás natural alcançou no domingo o valor recorde de 64,3 milhões de metros cúbicos diários.

A Bolívia fornece 31 milhões de metros cúbicos diários de gás à indústria paulista e 19 milhões ao mercado argentino. EFE

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