Bombardeio contra escola em Aleppo deixa pelo menos 18 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 30/04/2014 10h57

Beirute, 30 abr (EFE).- Pelo menos dezoito pessoas morreram, entre elas dez menores, e várias ficaram feridas nesta quarta-feira em um bombardeio contra uma escola de Aleppo, a maior cidade do norte da Síria, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Aviões militares atacaram o bairro de Al Ansari Oriental, onde fica o colégio Ain Yalut. A ONG não descartou que o número de mortos possa aumentar devido à gravidade de alguns dos feridos.

Um vídeo divulgado por ativistas mostrou imagens de destroços na escola e era possível ver equipes de resgate trabalhando no local.

As imagens mostram um corredor da escola, com paredes decoradas com personagens da Disney e com o chão completamente coberto de mobília escolar e sangue.

Um membro das equipes de resgate explicou no vídeo que por volta das 8h45 locais (2h45 de Brasília) os aviões atacaram um dos edifícios do colégio e dez minutos depois alcançaram outro dos blocos.

O Observatório acrescentou que helicópteros do exército lançaram barris de explosivos contra áreas do distrito de Hanano, também em Aleppo.

Na segunda-feira, os rebeldes islamitas restabeleceram o fornecimento elétrico na cidade, que esteve cortado durante dez dias, como medida de pressão para que o regime deixasse de bombardear com barris de explosivos.

A Frente al Nusra, vinculada à Al Qaeda, explicou que decidiu restabelecer o abastecimento pelo “sofrimento da população nas áreas nas mãos do regime”.

O grupo ressaltou que fez isso em cumprimento de “uma iniciativa de princípios que exige o fim dos bombardeios contra civis e por um período de teste para ver se o regime a respeita”, e advertiu às forças governamentais de que sua resposta seria mais dura se voltassem a bombardear Aleppo.

A cidade foi alvo de uma grande ofensiva da oposição no final de julho de 2012 e de outras operações importantes, o que permitiu aos rebeldes dominar amplas zonas da localidade, embora não tenha conseguido controlá-la totalmente. EFE

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