Bombardeio israelense atinge escola da ONU e deixa 17 mortos e 200 feridos

  • Por Agencia EFE
  • 24/07/2014 12h43

Beit Hanoun (Gaza), 24 jul (EFE).- Pelo menos 17 civis morreram nesta quinta-feira, entre eles várias crianças, e mais de 200 ficaram feridos em um bombardeio de Israel que atingiu uma escola da da Agência das Nações Unidas para os refugiados Palestinos (UNRWA) na cidade de Beit Hanoun, no norte de Gaza.

“Estão nos matando, não podemos fugir”, disse aos gritos à reportagem da Agência Efe uma mulher enquanto segurava nos braços um bebê de poucos meses de vida e com as roupas manchadas de sangue de seu irmão, morto no ataque.

Uma dos médicos do hospital “Beit Hanoun al Garbiye” afirmou à Efe que quatro corpos mutilados, dois deles de crianças, tinham sido levados ao necrotério, e que os demais foram transportados a outros hospitais da região, como o Aouda, que fica perto do campo de refugiados de Jabalia.

O hospital Al Shifa recebeu os casos mais graves, acrescentou o médico, entre o frenesi das ambulâncias que entravam e saíam e os lamentos das dezenas de mulheres e meninas da escola que lá tinham encontrado refúgio antes do bombardeio.

“O número de mortos até agora é de 17, e o de feridos é de cerca de 200, mas eles podem aumentar nas próximas horas devido à gravidade de alguns pacientes”, contou um dos médicos do hospital Al Gharbiya, de Beit Hanoun.

Nas vazias ruas da zona norte da cidade, em plena linha de combate, o tráfego de ambulâncias era intenso em um cenário de edifícios destruídos.

Esta é a segunda vez que as tropas israelenses atacaram uma escola da ONU nos últimos três dias. Na terça-feira, elas destruíram parte das instalações de uma que fica no sul da Cidade de Gaza, embora naquela ocasião não tenham deixado vítimas, já que ao perceber a proximidade dos tanques israelenses, o diretor da escola decidiu horas antes evacuar as 1.700 pessoas que se refugiavam nela.

O ataque de hoje ocorreu 24 horas depois de o Conselho de Direitos Humanos da ONU ter advertido que há indícios de que Israel está cometendo crimes de guerra e aprovou, com a rejeição dos Estados Unidos, a formação de uma comissão para investigar o conflito nas áreas de combate. EFE

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