Bombardeios de drones americanos matam 45 insurgentes no Afeganistão

Cabul, 16 mai (EFE).- Pelo menos 45 supostos insurgentes, entre eles dois comandantes talibãs, morreram em quatro bombardeios de drones americanos realizados nas últimas 48 horas na província de Nangarhar, no leste do Afeganistão, informou neste sábado à Agência Efe uma fonte militar.

Os ataques ocorreram em três distritos diferentes da província, nos quais os insurgentes tinham se reunido para preparar atentados contra as forças de segurança, disse um porta-voz do exército afegão no leste do país, Numan Hatifi.

No bombardeio mais mortal, 20 insurgentes de um mesmo grupo perderam a vida ao serem atingidos por mísseis de um avião não tripulado no distrito de Baticot.

O porta-voz militar garantiu que nenhum civil morreu devido aos ataques, coordenados conjuntamente pelas forças dos Estados Unidos e do Afeganistão.

Esses foram os primeiros bombardeios de Washington desde que na quarta-feira os talibãs anunciaram represálias contra as tropas internacionais pela decisão da Otan de estender sua presença no país asiático além de 2016, medida decidida no mesmo dia por ministros dos países-membros em reunião na Turquia.

Além disso, foi o terceiro ataque desde que a formação insurgente insistiu na saída das forças estrangeiras como condição para começar negociações de paz no Afeganistão, durante uma assembleia “informal” realizada com representantes do Alto Conselho para a Paz afegão há duas semanas, no Catar.

Em Nangarhar, outros 13 supostos insurgentes morreram no sábado passado no bombardeio de um drone das mesmas tropas, dessa vez no distrito de Lalpora.

A Otan encerrou em 2014 sua missão de combate no Afeganistão, a Isaf, que foi substituída desde janeiro por cerca de quatro mil soldados em tarefas de assistência e capacitação das forças de segurança afegãs.

Os aliados decidiram na quarta-feira iniciar uma nova etapa que, “ao contrário das anteriores, será liderada por civis”, mas com “um componente militar”, segundo anunciou na Turquia o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

Os Estados Unidos mantêm sua missão de combate “antiterrorista” no Afeganistão com cerca de 11 mil soldados, que devem permanecer no país até 2016, mas Washington ainda pensa nos termos e na duração dessa operação. EFE