Bombardeios do regime sírio causaram 2.756 mortes em cinco meses
Beirute, 20 mar (EFE).- Pelo menos 2.756 pessoas morreram, a maioria civis, em bombardeios da aviação do regime de Bashar al Assad nos últimos cinco meses na Síria, segundo informou nesta sexta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Desse número, pelo menos 2.172 eram civis, entre os quais havia 436 menores e 355 mulheres. O restante é composto por milicianos de facções rebeldes sírias, da Frente al Nusra – braço da Al Qaeda no país – e do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
A ONG, que apurou o número desde o dia 20 de outubro do ano passado, ressaltou que a aviação militar efetuou 10.263 ataques. Entre os bombardeios, pelo menos 5.335 foram realizados por helicópteros militares, que lançaram barris de explosivos contra diversas regiões do país; enquanto 4.928 foram feitos por aviões do Exército.
Em entrevista à emissora britânica “BBC” no dia 10 de fevereiro, Al Assad negou que as forças armadas usem barris de explosivos de forma indiscriminada.
“Temos bombas, mísseis e balas. Não há bombas de barril, não temos (bombas) de barril”, insistiu Al-Assad.
Há pouco mais de um ano, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma resolução na qual pedia a todas as partes “cessarem imediatamente os ataques contra civis”, os bombardeios indiscriminados de regiões povoadas e “o uso de barris de explosivos”.
No domingo, foram completados quatro anos desde o começo do conflito na Síria, que já deixou cerca de 220 mil mortos e mais de quatro milhões de refugiados, segundo a ONU. EFE
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