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Brasil, Angola e FAO se unem para melhorar alimentação no país africano

Roma, 24 jan (EFE).- A Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO) assinou um acordo de cooperação com o Brasil e a Angola para impulsionar a pesquisa agrária e veterinária a fim de fortalecer a segurança alimentar no país africano.

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Segundo um comunicado divulgado nesta quinta-feira pela agência das Nações Unidas com sede em Roma, o projeto chamado Cooperação Sul-Sul, que durará dois anos, será cofinanciado por Brasil e por Angola, sendo que o país africano cobrirá US$ 2,2 milhões dos custos financeiros, enquanto o Brasil fornecerá uma contribuição de US$ 875 mil.

Em virtude do acordo promovido pela FAO, os pesquisadores angolanos receberão assistência técnica e capacitação a curto prazo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que teve papel-chave no programa Fome Zero, diz o comunicado.

“A disponibilidade de pesquisadores altamente qualificados, que entendem a complexidade dos desafios do desenvolvimento é a chave para fazer grandes avanços na agricultura e na segurança alimentar em Angola”, disse o subdiretor-geral da FAO para a Cooperação Técnica, Laurent Thomas.

Além disso, Thomas acrescentou que “o Brasil tem muito a oferecer em termos de experiência técnica e esse acordo é um marco importante na Cooperação Sul-Sul. É um modelo que esperamos que seja seguido por outros países do Sul”.

Durante a assinatura do acordo, o representante permanente de Angola na FAO, Florêncio Mariano da Conceição de Almeida, ressaltou em sua intervenção que o projeto contribuirá com os esforços nacionais em matéria de segurança alimentar e redução da pobreza, que já permitiram a Angola cumprir a meta de Desenvolvimento do Milênio de reduzir à metade a proporção de pessoas que têm fome antes do prazo limite de 2015.

Por sua vez, o representante permanente do Brasil na FAO, Antonino Marques Porto e Santos, citou uma mensagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente de Angola, José Eduardo Dos Santos: “a semelhança entre a savana da África e o cerrado brasileiro apresenta um enorme potencial para a intervenção da Embrapa no continente africano. O Brasil quer ajudar a Angola a diversificar e aproveitar seu enorme potencial econômico e agrícola e garantir sua própria soberania alimentar”.

O projeto, além disso, permitirá capacitar cerca de 60 pesquisadores do Instituto de Pesquisa Agrícola de Angola e 45 de seu Instituto de Pesquisa Veterinária. EFE

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