Brasil garante alianças e investimentos no Japão
Tóquio, 11 set (EFE).- A secretária do Desenvolvimento da Produção, Heloísa Menezes, ressaltou nesta quinta-feira as “enormes oportunidades” que a atual relação com o Japão representa no marco de sua visita a Tóquio para garantir alianças empresariais e investimentos japoneses em infraestrutura.
Heloísa ressaltou a importância que teve neste sentido a visita do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, ao Brasil no mês passado, que elevou os laços bilaterais à categoria de “aliança estratégica” e explicou que esta viagem representa a execução dos primeiros passos desta nova etapa.
A secretária liderou uma delegação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio que visitou o país asiático ao longo de três dias.
Durante a viagem aconteceram encontros – nos quais participaram os presidentes das patronais de ambos os países – com representantes do Ministério da Economia, Comércio e Indústria japonês e também com outras autoridades e empresários japoneses.
A delegação brasileira insistiu que a imensa demanda de infraestrutura e tecnologia – dois terrenos nos quais o Japão é uma potência exportadora – do Brasil para potencializar seu desenvolvimento, é um cenário ideal para que Tóquio se transforme em um aliado ainda mais importante para Brasília.
Heloísa destacou que durante os encontros, que serviram para definir acordos ou discutir marcos regulatórios, cobriram-se duas áreas de grande potencial econômico – infraestrutura e setor farmacêutico e de equipamentos médicos – além de projetos de cooperação para capacitação de capital humano no Brasil.
Para a necessidade de construir e otimizar vias terrestres, portos, aeroportos e sistemas ferroviários em um país de mais 8,5 milhões de quilômetros quadrados se soma a gigantesca demanda que geram as operações de exploração de petróleo do pré-sal.
Neste sentido, a secretária ressaltou que estão previstos daqui a 2020 pedidos a construtores navais no valor de pelo menos US$ 100 bilhões em conceito de plataformas, embarcações offshore, navios de apoio e petroleiros.
Igualmente atrativo é o setor da saúde no Brasil, onde os mais de 200 milhões de habitantes têm acesso à saúde pública e existe uma enorme demanda de equipamento médico, destacou a delegação brasileira.
Muitas empresas brasileiras estão interessadas, além disso, em se aliar com corporações japonesas para começar a produzir estes produtos farmacológicos em nível nacional.
Sergio Foldes, diretor-executivo da divisão internacional do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), destacou a capacidade de absorção tecnológica que a indústria brasileira apresenta atualmente.
Por isso, durante a visita, ele explicou, foram buscados acordos para que grandes e também pequenas e médias empresas japonesas possam investir neste setor, com especial ênfase na automoção, onde o Japão anseia aumentar sua fração de mercado no Brasil. EFE
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