75% dos brasileiros não têm vacina favorita contra a Covid-19, aponta pesquisa do CNI
Levantamento mostrou também que apenas 9% dos entrevistados negariam a vacinação caso o único imunizante disponível fosse diferente do preferido
Um quarto dos brasileiros afirmam que não escolheram ou não pretendem escolher a vacina contra a Covid-19 na hora de se imunizar. A pesquisa “Os brasileiros, a pandemia de Covid-19 e o consumo”, realizada pela Confederação Nacional das Indústrias e pela FSB Pesquisas, divulgada nesta sexta-feira, 30, indica que 75% das pessoas não têm uma vacina de preferência — contra 23% que escolheram um imunizante favorito. Apenas 9% dos entrevistados negariam a vacinação caso a única disponível fosse diferente da preferida — 90% querem receber alguma dose independente da marca. No cruzamento dos dados, 71% não têm laboratório preferido e não deixaria de tomar vacina de marca preferida.
Já 19% têm marca preferida, mas não deixariam de tomar vacina se fosse diferente. Apenas 4% possuem marca preferida e deixariam de tomar vacina de outro laboratório. Entre os entrevistados, 40% já tomaram uma dose da vacina em julho, contra 9% em abril. O número dos que não tomaram caiu de 84% para 37% no mesmo período. Dos totalmente imunizados, 20% já tinham tomado duas doses neste mês e 3% tomaram dose única. Dos que já se vacinaram, 57% tomaram a decisão por causa da idade, 18% pela comorbidade, 14% pela profissão, 7% porque estava disponível na cidade e 1% por estar grávida ou no puerpério. Foram ouvidas 2 mil pessoas a partir de 16 anos, por telefone, nas 27 unidades da federação, entre os dias 12 e 16 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Situação da pandemia
Cerca de 26% dos entrevistados consideram que a situação da pandemia da Covid-19 no Brasil é muito grave — contra 54% que tinham esse mesmo posicionamento em abril. Há um ano, em julho de 2020, a maioria 45% dos entrevistados avaliavam a pandemia como grave. Neste mês, 46% consideram a pandemia grave, 17% mais ou menos grave, 9% pouco grave e 2% nada grave. Levando esses números em conta, hoje, 22% tem medo muito grande da pandemia, 25% medo grande, 27% medo médio, 9% medo pequeno, 2% medo muito pequeno e 16% nenhum medo. Cerca de 53% dos entrevistados acreditam que, em dois meses, o número de casos e mortes provocadas pela pandemia de coronavírus no Brasil vai diminuir. Apenas 4% acreditam que ainda vai aumentar muito e 10% confiam na estabilidade.
Comportamento
Em julho de 2021, 41% dos entrevistados não têm mais medo de frequentar supermercados por risco da Covid-19 — 38% não ligam de ir à academia, 37% shoppings, 32% comércio de rua e 29% bares e restaurantes. Esse é, também, o maior receio da população: 17% ainda relatam um medo muito grande de frequentar lugares em que vão se alimentar fora de casa. As percepções sobre os efeitos da pandemia na economia brasileira se mantiveram praticamente estáveis nas quatro rodadas da pesquisa. Em julho deste ano, 63% acreditam que os efeitos serão muito grandes. Em abril, a avaliação era de 70%. Há um ano, 66%. Na primeira rodada, de maio do ano passado, era de 67%.
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