Ação resgata 39 garimpeiros que viviam em condições análogas à escravidão no Pará

Trabalhadores eram mantidos em barracos construídos com madeira extraída da floresta e não tinham condições salubres de vida e trabalho; donos do garimpo estão foragidos

  • Por Jovem Pan
  • 05/11/2020 18h48 - Atualizado em 05/11/2020 19h33
Ascom MPT PA/AP/Divulgação/05.11.2020 Garimpo ilega Donos de garimpo estão foragidos

Quase 40 trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados no fim de outubro em um garimpo localizado entre as cidades de Itaituba e Jacareacanga, no sudoeste do Pará. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), que divulgou a informação nesta quinta-feira, 5, a ação no Garimpo Pau Rosa foi feita por uma equipe de fiscais do Ministério da Economia com fiscalização de membros do MPF. Segundo o MPF, os trabalhadores tinham “condições degradantes de trabalho e de vida”, ficavam em cabanas e barracões feitos com madeira extraída de floresta da região e não tinham proteção contra intempéries naturais ou ataques de animais silvestres.

O local no qual eles ficavam abrigados também não tinha banheiro ou água própria para consumo. Além disso, nenhum vínculo de trabalho regularizado com os funcionários foi encontrado. Os responsáveis pelo local foram presos em flagrante por mineração ilícita, exploração de mão de obra análoga à escravidão, porte de munição de arma de fogo e usurpação de patrimônio da União. Eles passaram por audiência de custódia e foram soltos após pagamento de fiança de R$ 60 mil. Os donos do garimpo estão foragidos da Justiça. Esse foi considerado o maior resgate de trabalhadores em extração de minérios e metais preciosos do estado do Pará.

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