Adriana Ancelmo diz que ex-sócio conduziu processos relacionados a Eike

  • Por Estadão Conteúdo
  • 31/07/2017 15h43
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BRA01A. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 26/01/17.- Fotografía de archivo del 30 de octubre de 2013 del empresario brasileño Eike Batista, declarado hoy, jueves 26 de enero de 2017, prófugo de la justicia por delitos de corrupción, y que llegó a ser uno de los diez hombres más ricos del planeta, pero cayó en desgracia. La Policía Federal allanó su residencia y sus oficinas en el marco de investigaciones sobre una vasta red de corrupción que operó en Río de Janeiro y que supuestamente dirigía el exgobernador de ese estado Sergio Cabral, preso desde noviembre pasado. EFE/ARCHIVO/ Antonio Lacerda EFE/Antonio Lacerda Segundo as investigações, Eike teria pagado mais R$ 1 milhão em propina a Cabral por meio do escritório de advocacia de Adriana

A advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, afirmou durante interrogatório nesta segunda-feira, 31, não ter atuado diretamente nos processos relacionados ao empresário Eike Batista. Segundo a ex-primeira-dama do Rio, esses casos foram conduzidos pelo seu ex-sócio e ex-marido, o advogado Sérgio Coelho. Adriana, Cabral e Eike são réus em processo resultado da Operação Eficiência, deflagrada em janeiro deste ano.

“Eu e Eike nos conhecemos por razões institucionais (…) Nunca estive com nenhum executivo do grupo EBX nem de empresas ligadas a ele. Os trabalhos foram feitos com meu ex-sócio Sérgio Coelho”, afirmou ao juiz Marcelo Bretas, responsável pelos desdobramentos da Lava Jato no Rio.

Segundo as investigações, Eike teria pagado mais R$ 1 milhão em propina a Cabral por meio do escritório de advocacia de Adriana. Segundo os procuradores, para ocultar o repasse, foi firmado um contrato entre o escritório da mulher de Cabral e a EBX, de Eike

A mulher do ex-governador, que está atualmente em prisão domiciliar, detalhou que havia três demandas das empresas de Eike no escritório. Uma delas era uma auditoria jurídicas em ativos da REX, empresa de desenvolvimento imobiliário do grupo de Eike. A outra era referente a uma disputa entre o empresário e um ex-executivo do seu grupo, Rodolfo Landim. Uma terceira seria relacionada à Techint Engenharia. “Não atuei em momento algum em nenhuma dessas demandas”, declarou.

Bretas questionou se ela não tinha sido informada pelo contrato com Eike. “Tínhamos autonomia, o escritório era grande. Sobre a REX, sabia que estava ocorrendo a auditoria jurídica. Mas sobre Landim e Techint não tive conhecimento sobre o desenrolar disso”, disse.

Adriana também disse que Cabral “jamais” pediu a empresas para fazer contratos com seu escritório.

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