Advogado de João de Deus desqualifica acusações: ‘Causa estranheza fatos de 30 anos atrás serem trazidos agora’
A defesa de João de Deus pretende desqualificar as acusações de abuso sexual que surgiram contra ele. Foi o que o advogado Alberto Zacharias Toron deixou claro ao dar entrevista coletiva neste domingo (16), após prisão preventiva do médium em Goiás.
Toron tentou mostrar cautela para falar sobre o assunto, mas sugeriu que desconfia dos depoimentos: “Não conhecemos todos os depoimentos. Para fazer críticas a eles é preciso estudar e não tivemos tempo para conhecer todos. Vamos fazer um escrutínio, não dá para fazer de afogadilho. João nega as acusações e nós vamos ter certeza do que realmente aconteceu. O que causa estranheza é fatos de 30 anos atrás serem trazidos agora. E também casos com fatos graves de mulheres que voltaram duas ou três vezes. Eu respeito, mas vamos fazer a investigação”.
O advogado acredita que as mulheres podem ter feito depoimentos falsos. Já o Ministério Público de São Paulo entende que elas jamais fariam isso, pois relatos de abuso são “graves demais” para serem falsificados.
“Bastar olhar as crônicas forenses para encontrar casos que desmentem essa ideia. Se é tão grave, e acredito que seja, como explicar que algumas mulheres voltaram lá 5, 8, 10 vezes? A promotora Gabriela Manssur precisa ter serenidade”, disparou, citando a promotora do Ministério Público de São Paulo que apresentou essa ideia.
O advogado também comparou o caso com a história da escola base, em que muitos suspeitos foram tidos como culpados de forma precipitada, mas depois foram inocentados pela Justiça: “Precisamos ter um pouco de calma, para que não se faça um linchamento como se fez no caso da escola base. Era muito grave, porque se dizia que professores mexeram com as crianças. Mas o que se mostrou foi uma ausência de crimes”.
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