Advogados de João de Deus deixam o caso sem explicar os motivos

  • Por Jovem Pan
  • 24/07/2019 17h06 - Atualizado em 24/07/2019 17h33
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Marcelo Camargo/Agência Brasil Médium é acusado de abuso sexual contra mais de 500 mulheres

O advogado de João de Deus, acusado de abuso sexual contra mais de 500 mulheres, anunciou nesta quarta-feira (24) que deixou o caso. Em nota, Alberto Toron informou que a equipe de nove profissionais não vai mais atuar a favor do médium.

“A defesa técnica do Sr. João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, renuncia à causa. Por imperativo ético, não podemos declinar as razões. Contudo, reiteramos nossa confiança na inocência do Sr. João e repudiamos a irreparável injustiça de manter preso preventivamente, um homem de 77 anos, doente, que ainda aguarda um veredicto sobre as acusações lançadas contra si. Confiamos que em um futuro breve a verdade e a Justiça sejam restabelecidas”, disse a defesa na nota.

No último depoimento à Justiça, João de Deus negou as acusações e afirmou que nunca praticou abusos contra as mulheres que frequentaram a Casa Dom Inácio Loyola (GO), onde atendia pacientes em busca de cura espiritual. Ele foi preso preventivamente em 16 de dezembro do ano passado.

Até o momento, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou nove denúncias contra ele, nas quais é acusado de crimes como estupro de vulnerável e violação sexual. Segundo o MP, os crimes ocorreram pelo menos desde 1990, sendo interrompidos em 2018, quando as primeiras denúncias foram divulgadas pela imprensa.

Em março, a pedido da defesa, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou João de Deus a deixar o Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, para se internar em um hospital particular de Goiânia. Com base em relatórios médicos, os advogados alegaram que ele não tinha condições de regressar à cadeia. Em seguida, com o fim do tratamento, o tribunal determinou que o médium voltasse à prisão.

* Com informações da Agência Brasil

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