Alckmin diz que governo estuda usar moradias em Bertioga para realocar vítimas das chuvas
Vice-presidente do Brasil sobrevoou o litoral neste sábado e se reuniu com autoridades locais para discutir ações às pessoas mais afetadas
O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), foi ao litoral norte do Estado de São Paulo neste sábado, 25, para sobrevoar a região, se reunir com autoridades locais e conhecer o navio Atlântico da Marinha, que conta com hospital de campanha com 300 leitos e presta apoio à população vitimada pelas enchentes do último domingo, 19. Após algumas atividades, ele concedeu uma rápida entrevista coletiva à imprensa ao lado do governador Tarcísio de Freitas (PRB). Na ocasião, ele citou a existência de 1.500 apartamentos em Bertioga que deveriam ser destinados à famílias da cidade e disse que o governo federal vai averiguar a possibilidade de uma parte delas ser usada de forma emergencial para vítimas das chuvas. “Esses 1.500 apartamentos é Minha Casa, Minha Vida, com Casa Paulista, ainda até do governo anterior, até do nosso tempo de governador, e de um programa chamado Entidades, designado para famílias de Bertioga. Mas, talvez, nós vamos verificar com a Caixa Econômica Federal e com a prefeitura, uma parte pequena, é claro, mas uma parte possa ser liberada. Então isso nós vamos verificar. Mas o programa Entidades é feito para uma população específica. Vamos ver se a gente tem alguma possibilidade de uma parte disso poder atender por emergência. Depois, é claro, vai ter que construir as unidades habitacionais”, afirmou o vice-presidente.
Dentre os municípios da região, São Sebastião foi o mais afetado, registrando 56 mortos até o momento. Ubatuba teve mais um morto. Até a última atualização das autoridades, 4.066 pessoas estavam desalojadas ou desabrigadas no litoral norte de São Paulo por causa das tempestades do último domingo, 19. Questionado se o governo federal iria contribuir na construção de moradias seguras na região, Alckmin disse que sim e reafirmou o orçamento da União, de R$ 10,5 bilhões, para moradias. Ele ainda parabenizou Tarcísio de Freitas por desapropriar terrenos seguros no litoral norte com o objetivo de construir novas casas. “Primeiro cumprimentar o governador Tarcísio [por desapropriar terrenos] porque uma dificuldade no litoral é terreno. Conseguir terreno seguro e juridicamente possível é superimportante. O governo federal entrará, sim [na construção de moradias juntamente com o governo de São Paulo]. Se você pegar o orçamento deste ano, o item que teve maior acréscimo no chamado extra-teto foi para moradia. São R$ 10,5 bilhões, com prioridade para a faixa 1, famílias de menor renda, que são aquelas que acabam morando em locais mais distantes e menos seguros. Essa é a prioridade. O governo do Estado pode contar, sim, com o Ministério das Cidades, com área habitacional, para ser parceiro no financiamento dos recursos para as unidades habitacionais (…) Tudo que o governo federal puder ajudar, a ordem do presidente Lula é parceria”, disse.
Questionado ainda por uma tenente do Comando Militar do Sudeste sobre a avaliação do governo federal da atuação das Forças Armadas diante da tragédia, Alckmin fez um aceno aos militares em elogios: “Nota 11. 10 é pouco. Faz toda a diferença. É impressionante todo o profissionalismo, tecnologia, time. É só ver aqui no caso específico. O Éxercito está com mais de 300 militares, toda a parte de engenharia e logística; a Aeronáutica com equipamentos mais modernos, transportando vítimas, socorrendo e trazendo alimentos; tem a Marinha, eu nunca tinha entrado em um navio daquele tamanho. É impressionante esse navio, o Atlântico, com heliporto multipropósito. É uma cidade verdadeira. Pode ter mais de 1 mil policiais e tem um hospital, tem UTI, centro cirúrgico. Então, é um trabalho importante”, finalizou Alckmin.
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