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Aliado de Trump é condenado a 3 anos de prisão por obstruir investigação da Justiça

Roger Stone, a longtime advisor to US President Donald J. Trump, departs after being sentenced to 40 months during his hearing at the DC Federal District Court in Washington, DC, USA, 20 February 2020. Four federal prosecutors initially requested that Stone be sentenced to seven to nine years in prison, but quit after Attorney General William Barr overrode the recommendation and recommended a softer sentence. (Estados Unidos) EFE/EPA/SHAWN THEW

O antigo aliado do presidente Donald Trump, Roger Stone, foi condenado a três anos e quatro meses de prisão nesta quinta-feira (20) por tentativa de obstruir a investigação sobre a interferência russa nas eleições de 2016. Além de atrapalhar o trabalho da Justiça, Stone fez cinco declarações falsas em depoimento no Congresso e intimidou uma testemunha no processo, o radialista Randy Credico, inclusive com ameaças à sua vida.

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O lobista se autodenomina um “malandro político”. Inicialmente, os promotores haviam pedido de sete a nove anos de prisão, mas horas depois de uma declaração de Trump de que a pena seria “injusta”, o Departamento de Justiça anulou a recomendação e sugeriu uma sentença mais branda.

A controvérsia cresceu ainda mais quando o Procurador-Geral dos Estados Unidos, William Barr, emitiu uma recomendação pedindo uma redução da pena pedida, o que levou à renúncia de quatro procuradores encarregados do caso.

O estrategista enfrentava cinco acusações de deturpação, mais uma de obstrução aos procedimentos oficiais e uma de adulteração de depoimentos, todas ligadas à investigação sobre o caso envolvendo a Rússia.

Segundo o Ministério Público, Stone atuou como elo entre a campanha de Trump em 2016 e a plataforma WikiLeaks, que divulgou e-mails roubados do Comitê Nacional do Partido Democrata, que teriam prejudicado a campanha da candidata presidencial da legenda, Hillary Clinton.

A equipe do promotor que conduziu a investigação sobre o caso com os russos, Robert Mueller, afirmou na ocasião que tinha provas de que Stone havia se comunicado com a plataforma WikiLeaks durante seu ataque ao servidor dos democratas, em 2016.

Ao proferir a decisão, a juíza Amy Berman Jackson, do tribunal distrital dos EUA para o Distrito de Columbia, criticou Stone por suas ações, mesmo quando comunicou que a pena seria menor do que a esperada. Jackson argumentou que o desprezo de Stone pela verdade deveria preocupar todos aqueles que prezam pela democracia americana, além de acusá-lo de encobrir Trump. “O desânimo e a repulsa pela beligerância do réu devem transcender o partido”, afirmou.

O parecer em um tribunal federal de Washington e ainda cabe recurso. Stone também deverá pagar multa de US$ 20 mil.

* Com EFE

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