Alunos da rede municipal de São Paulo receberão dinheiro para comprar uniforme e material escolar

Medida foi anunciada como forma de aquecer economia local e melhorar qualidade dos uniformes escolares comprados pelas famílias com dinheiro fornecido

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2020 14h58 - Atualizado em 16/12/2020 15h27
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Secretaria de Educação de São Paulo uniforme escolar R$ 387,10 deve ser disponibilizado para compra de uniformes

A Prefeitura de São Paulo anunciou na tarde desta quarta-feira, 16, a distribuição de créditos para compra de uniforme e material escolar para alunos da rede municipal a partir do ano de 2021. Ao todo, 650 mil crianças devem receber recursos para compra de roupas e 1,081 milhão para compra de materiais a partir do mês de janeiro. “Isso significa um investimento da prefeitura de São Paulo de 373 milhões de reais, importante nesse momento em que se fala do reaquecimento da economia e um gasto da prefeitura, que era feito de forma centralizada, muitas vezes adquirindo de empresas que ganhavam essas concorrências e que nem eram da cidade de São Paulo e que agora esse recurso vai ajudar no reaquecimento da economia, na ativação do comércio local perto da residências de onde moram todos os nossos alunos”, afirmou o prefeito Bruno Covas.

No novo modelo, as famílias terão a partir do dia 18 de janeiro um crédito disponibilizado por meio de aplicativos. Segundo a prefeitura, as famílias devem buscar por orientação sobre como baixar o app no site da Secretaria de Educação ou nas próprias escolas. Estudantes receberão R$ 387,10 para comprar cinco camisetas, cinco pares de meias, uma jaqueta, uma calça, um blusão, uma bermuda e um par de tênis. “Uma vantagem adicional desse modelo é que a gente sugere esse kit básico, mas as famílias vão poder adquirir as peças conforme a necessidade desses estudantes”, afirmou o secretário municipal de Educação de São Paulo, Bruno Caetano. Já os valores para material escolar variam entre R$ 33,40 (para alunos do berçário) e R$ 122,10 (para aqueles do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos). A lista com materiais deve ser consultada também no site da secretaria. Caetano afirmou que a estratégia terá impacto relevante na retomada econômica da cidade e tem como vista o início das aulas no ano de 2021. O credenciamento das empresas que querem fornecer os uniformes deverá ser feito de forma online no site da Secretaria de Educação. Até o momento, pelo menos 30 já estão cadastradas.

A principal justificativa do secretário para a mudança foi melhorar a autoestima dos estudantes e das famílias, assim como permitir que os alunos adquiram materiais de melhor qualidade. “A família e o estudante que estuda na rede municipal a partir de 2021 vai poder adquirir o seu uniforme escolar, o seu material escolar na forma como os estudantes que estudam por exemplo em escola privada hoje na cidade de São Paulo adquirem: indo até uma loja, escolhendo a capa de caderno que mais gosta, experimentando a roupa e o uniforme que mais se adequa à sua necessidade”, afirmou. Ele reconheceu que na última década a cidade registrou problemas na entrega das roupas. “Os uniformes há dez anos costumam chegar com atraso, há dúvidas sobre a qualidade do material, uma vez que o poder público também tem suas limitações em respeito à lei das licitações”, disse.

Geração de renda e empregos

A secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso, lembrou do cartão merenda criado pela prefeitura como um case de sucesso para “A gente está diante de uma oportunidade muito especial: a prefeitura ser o cliente desses empreendedores. Nesse caso, de uma maneira até melhor do que as tradicionais compras públicas, que passam por uma série de burocracias que são necessárias, porque é um dinheiro público, mas aqui então é um processo ainda mais simplificado”, afirmou. Segundo ela, quase 60 mil microempreendedores Individuais atuam com vestuário e papelaria na capital e pequenas empresas também poderão fornecer “Como falamos de uma rede de aproximadamente quatro mil escolas, se a gente conseguir ter dois, três, quatro fornecedores no entorno de cada escola nós teremos aí 15, 16 mil empreendedores beneficiados”, afirmou. A secretária calcula que pelo menos 10 milhões de peças de vestuário devam ser vendidas pelos empreendedores locais, que devem ser capacitados para fornecer materiais de qualidade.

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