Alvo da PF, Malafaia questiona: Se bandido me der oferta e eu aceitar, sem saber origem, sou bandido?

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2016 10h17
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Lula Marques/Agência PT Lula Marques/Agência PT Brasília- DF 25-06-2015 - Audiência pública sobre políticas públicas direcionadas à entidade familiar, abordando pontos do Projeto de Lei nº 6.583/13 - Estatuto da Família. Presidente da Assembleia de Deus Vitoria em Cristo, pastor Silas Malafaia

Alvo de mandado de condução coercitiva no âmbito da Operação Timóteo, deflagrada nesta sexta-feira (16), o pastor Silas Malafaia reagiu em uma rede social sobre o caso.

Malafaia teria supostamente participado do crime de lavagem de dinheiro por ter recebido valores do escritório de advocacia responsável pelo esquema. Ele é suspeito de emprestar contas correntes da igreja sob sua influência na intenção de ocultar origem ilícita dos valores.

Ele negou irregularidade e afirmou que a doação de R$ 100 mil de um membro da igreja, pastor Michael Abud, foi depositado em conta. Mas, segundo ele, não sabe o que este pastor faz.

“Cheque foi depositado em conta. Por causa disso sou ladrão? Sou corrupto? Recebo ofertas de inúmeras pessoas e declaro no imposto de renda tudo o que recebo. Quer dizer que se alguém for bandido e me der uma oferta, sem eu saber a origem, sou bandido?”, questionou.

Confira a sequência de tweets com a explicação de Silas Malafaia sobre o caso:

 

 

 

 

A operação

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta sexta-feira (16), mandados de prisão e de busca e apreensão em 11 Estados e no Distrito Federal. A ação investiga esquema de corrupção de cobrança de judiciais de royalties da exploração mineral.

Foram expedidos 29 mandados de condução coercitiva, quatro de prisão preventiva e 12 de prisão temporária. Também foi determinado o bloqueio de valores depositados, que podem chegar a R$ 70 milhões.

As ações da Polícia Federal ocorrem em 52 endereços relacionados com um grupo investigado por organização criminosa que teria articulado esquema para lucrar com as cobranças.

O diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Marco Antonio Valadares Moreira, e a mulher dele foram presos pela PF. 

A Justiça determinou que os municípios suspendessem os repasses e o pagamento para empresas de advocacia e consultoria envolvidas na investigação.

A investigação busca ainda descobrir sobre o esquema em que, supostamente, um diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral oferecia informações privilegiadas sobre as dívidas de royalties. Dois escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria seriam os beneficiários das informações.

As ações ocorrem em Goiás, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e DF.

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