Apoiadores de Guaidó tomam controle de embaixada da Venezuela no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 13/11/2019 10h35 - Atualizado em 13/11/2019 11h30
EFE Do lado de fora, manifestantes pró-Maduro protestam

Apoiadores de Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela – e reconhecido pelo cargo pelo Brasil -, entraram na embaixada do país em Brasília, na madrugada desta quarta-feira (13). Eles tomaram o controle do local horas antes do início das atividades da 11ª Cúpula do Brics, que reúne os líderes de Rússia, Índia, China e África do Sul, países que apoiam a permanência de Nicolás Maduro no poder.

Segundo a equipe de Guaidó, funcionários da embaixada permitiram o acesso ao local. Em comunicado, a embaixadora designada por ele, Maria Teresa Belandria, que não está no Brasil, disse que um grupo de funcionários decidiu “abrir as portas e entregar as chaves da embaixada voluntariamente”, bem como reconheceu Guaidó como legítimo presidente.

De acordo com Belandria, funcionários da embaixada liberaram, também, a entrada do ministro-conselheiro do governo interino, Tomás Silva. Em vídeo publicado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Twitter, Silva confirmou a informação e ressaltou que os funcionários da embaixada reconheceram Guaidó como presidente da Venezuela, “fazendo a entrega” da residência à eles.

“Estamos felizes e contentes. A dignidade voltou para nós”, comemorou o ministro-conselheiro. Na publicação, Eduardo ressalta que Silva está “bem tranquilo”.

Enquanto isso, manifestantes pró-Maduro falam em invasão. Houve um princípio de confusão e a Polícia Militar (PM) foi chamada para reforçar a segurança do local.  De acordo com a corporação, cerca de 14 pessoas ultrapassaram os portões da embaixada. Do lado de fora, cerca de 30 manifestantes contrários protestam.

Entenda

Essa é a primeira vez que apoiadores de Guaidó entraram na sede, ainda controlada pelo chavistas desde que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) aceitou as credenciais da equipe de Guaidó, no início do ano.

A diplomacia de Guaidó vinha tentando tomar o prédio e desalojar os funcionários enviados por Maduro – que não tem mais relacionamento diplomático com o Brasil. Agora, eles pedem que os servidores de sete consulados venezuelanos no paós façam o mesmo e garantem ajuda para deixar o Brasil, caso desejem.

*Com Estadão Conteúdo

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